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Jânio de Freitas defende que golpe não foi concretizado no governo Bolsonaro por medo da reação internacional

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Jânio de Freitas defende que golpe não foi concretizado no governo Bolsonaro por medo da reação internacional

Segundo o jornalista, a possibilidade de sanções despertou um medo fundamental nos militares do exército

Jânio de Freitas defende que golpe não foi concretizado no governo Bolsonaro por medo da reação internacional

Foto: Reprodução/Metro1/YouTube

Por: Leticia Alvarez no dia 17 de março de 2023 às 16:19

Quando questionado sobre quais possíveis motivos impediram a concretização de um golpe durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o jornalista Jânio de Freitas afirmou que o cenário não deixou de ocorrer por falta de vontade, mas pelo medo das consequências que seriam geradas no cenário internacional. A declaração foi feita nesta sexta-feira (17), durante a estreia do novo programa dele na Rádio Metropole, com o âncora Mário Kertész e o jornalista Bob Fernandes. 

"Olha, eu acho que a causa é muito complexa, é feita de muitos fatores, fica difícil resumir. Mas fica muito claro, inclusive por conta de uma declaração do atual comandante do exército [general Tomás Miguel Ribeiro Paiva], a preocupação intimidatória com o que os Estados Unidos e os europeus fariam como reação a um golpe no Brasil. A possibilidade de sanções despertou um medo fundamental nos militares do exército”, ponderou.

“Esse medo travou o exército, o ministro da Defesa, Sérgio Nogueira, não conseguiu ir além da sua exibição de apoio ao Bolsonaro, a pretexto das urnas serem falsificadas e as eleições fraudadas, etc ... Ele não conseguiu ir além, ele não teve apoio para ir além, e os seus companheiros de conspiração, de intenções antidemocráticas, tipo o Braga Neto, Eduardo Ramos e companhia também não conseguiram ir além.”

Jânio de Freitas também relembrou o episódio recente em que o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, realizou um discurso em que deixava clara a posição dos EUA diante de uma ameaça de golpe no território brasileiro.

“Essa pressão externa, exposta aqui com todas as palavras mais claras pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, de que os EUA aplicariam sanções no Brasil. Isso foi dito com todas as palavras, com toda a braveza diante do ministro Paulo Sérgio Nogueira, e se transmitiu não só ao auditório repleto de brasileiros, como de secretários de defesa dos demais países da América. A partir daí, isso se espalhou obviamente para as Forças Armadas em geral e para as delegações estrangeiras, que também repercutiram isso junto aos seus governos e povos. Isso foi um fator muito importante”, concluiu.

 

Confira a entevista completa: