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Após anular vestibular para trans na BA, Weintraub diz que patrimônio público foi arrebentado

Política

Após anular vestibular para trans na BA, Weintraub diz que patrimônio público foi arrebentado

Seleção para transgênero visava à ocupação de vagas ociosas, que não foram preenchidas por editais regulares da Unilab

Após anular vestibular para trans na BA, Weintraub diz que patrimônio público foi arrebentado

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Por: Juliana Almirante no dia 06 de agosto de 2019 às 12:40

Quase um mês após a suspensão do vestibular para  candidatos transgêneros, travestis, intersexuais e pessoas não binárias na Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, comentou que o "patrimônio público e privado" foram arrebentados.

A instituição tem sede em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador, e no município de Redenção, no Ceará.

"Esse vestibular foi bloqueado. Por isso expulsaram o procurador federal da sala e arrebentaram com o patrimônio público e privado", publicou o ministro hoje (6), no Twitter, ao compartilhar uma notícia sobre o assunto. 

O Metro1 não conseguiu contato com a assessoria de comunicação da Unilab para comentar o suposto ato de vandalismo.

O processo seletivo foi suspenso por decisão da reitoria da Unilab, após interferência do MEC, comandado por Weintraub.

De acordo com nota da reitoria, a decisão levou em conta parecer emitido pela Procuradoria Federal, a qual entendeu que o edital "vai de encontro à Lei de Cotas e aos princípios da razoabilidade, proporcionalidade e da ampla concorrência em seleções públicas".

O vestibular visava à ocupação de vagas ociosas, que não foram preenchidas por editais regulares da Unilab baseados no Enem.

Logo após a decisão, integrantes do Diretório Central Acadêmico (DCE) da Unilab ocuparam um prédio a instituição no Ceará.  Os estudantes defenderam que o edital suspenso "nada mais é do que um direito a ser garantido, uma divida a ser paga pelos anos de abandono, esquecimento e preconceito contra o público-alvo".