Política
Após anular vestibular para trans na BA, Weintraub diz que patrimônio público foi arrebentado
Seleção para transgênero visava à ocupação de vagas ociosas, que não foram preenchidas por editais regulares da Unilab
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Quase um mês após a suspensão do vestibular para candidatos transgêneros, travestis, intersexuais e pessoas não binárias na Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, comentou que o "patrimônio público e privado" foram arrebentados.
A instituição tem sede em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador, e no município de Redenção, no Ceará.
"Esse vestibular foi bloqueado. Por isso expulsaram o procurador federal da sala e arrebentaram com o patrimônio público e privado", publicou o ministro hoje (6), no Twitter, ao compartilhar uma notícia sobre o assunto.
O Metro1 não conseguiu contato com a assessoria de comunicação da Unilab para comentar o suposto ato de vandalismo.
O processo seletivo foi suspenso por decisão da reitoria da Unilab, após interferência do MEC, comandado por Weintraub.
De acordo com nota da reitoria, a decisão levou em conta parecer emitido pela Procuradoria Federal, a qual entendeu que o edital "vai de encontro à Lei de Cotas e aos princípios da razoabilidade, proporcionalidade e da ampla concorrência em seleções públicas".
O vestibular visava à ocupação de vagas ociosas, que não foram preenchidas por editais regulares da Unilab baseados no Enem.
Logo após a decisão, integrantes do Diretório Central Acadêmico (DCE) da Unilab ocuparam um prédio a instituição no Ceará. Os estudantes defenderam que o edital suspenso "nada mais é do que um direito a ser garantido, uma divida a ser paga pelos anos de abandono, esquecimento e preconceito contra o público-alvo".
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