Política
Presidente de Israel critica fala de Bolsonaro sobre Holocausto
"Líderes políticos são responsáveis por moldar o futuro. Historiadores descrevem o passado e pesquisam o que aconteceu. Um não deve entrar no território do outro", disse Reuven Rivlin
Foto: Marcos Corrêa/PR
O presidente de Israel, Reuven Rivlin, criticou, na última sexta (12), declaração do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que o Holocausto pode ser "perdoado, não esquecido".
"Nunca vamos perdoar e nunca vamos esquecer", escreveu, sem citar o nome do presidente brasileiro, e acrescentou: "Líderes políticos são responsáveis por moldar o futuro. Historiadores descrevem o passado e pesquisam o que aconteceu. Um não deve entrar no território do outro".
O Yad Vashem, museu do Holocausto em Jerusalém, também se mostrou contrário à declaração de Bolsonaro. "Ninguém está em posição de determinar quem e se os crimes do Holocausto podem ser perdoados", diz, em nota.
A declaração foi dada pelo presidente brasileiro na noite de quinta (11), durante reunião com pastores evangélicos no Rio de Janeiro.
The Jewish people will always fight anti-Semitism and xenophobia. Political leaders are responsible for shaping the future. Historians describe the past and research what happened. Neither one should stray into the territory of the other
— Reuven Rivlin (@PresidentRuvi) 13 de abril de 2019
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