Política
Eliana Calmon vai apoiar Bolsonaro e quer ser 'interlocutora' dele com Judiciário
Para a ministra aposentada, Bolsonaro não é preconceituoso: "Isso não existe diante do que avaliei"
Foto: Glaucio Dettmar
Ex-Corregedora Nacional de Justiça e ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon declarou apoio ao candidato Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista ao Metro1, ela disse que quer ser "interlocutora" do capitão da reserva, mas sem ocupar cargos em um possível governo dele.
"Está completamente descartada [ter cargo no governo]. Foi uma das minhas condições. Eu disse a ele que não queria cargo, não gostaria de participar do governo, mas queria ser uma interlocutora para falar sobre a área que eu sei [o Direito].Até agora não temos uma pessoa que possa assessorá-lo bem no Judiciário para que possa fazer assessoria nesse sentido. Foi uma das minhas condições. Estou hipotecando essa solidariedade, mas como cidadã brasileira, não quero cargos", afirmou.
Eliana disse estar disposta a gravar para a campanha de Bolsonaro, mas não quer subir em palanque. "Eu estou querendo fazer vídeo de apoio. Vídeo ou alguma coisa. A equipe de divulgação me procurou para isso. Pretendo dar declaração, gravar, se eles quiserem", revelou.
A ex-ministra disse ter conversado "longamente" com o candidato pelo telefone e negou que ela seja homofóbico, racista ou contra os direitos humanos e das mulheres.
"Não me chega a preocupar, pelo que verifiquei, existe muito fake, muito exagero. O que houve em relação às mulheres, o aspecto dele ter tido uma discussão grande com [a deputada] Maria do Rosário. A gente sabe bem, até os petistas fazem restrição [a ela]. E daí derivou toda a história de que ele é contra mulheres, negras. Isso não existe diante do que avaliei", disse.
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