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Com cortes de recursos na Cultura, Rui justifica R$ 9 mi na Fonte Nova: ‘São opções’
Governador admite que setor carece de “volume de recursos muito maior”, mas pondera: “Pergunta ao povo do futebol se não quer o estádio”
Foto: Tácio Moreira / Metropress
O governador Rui Costa admitiu, em entrevista ao Jornal da Cidade 2ª Edição, na Rádio Metrópole, que o governo destina menos recursos do que deveria na cultura baiana, em detrimento a outros segmentos, como a Arena Fonte Nova, que recebe mensalmente um subsídio de R$ 8,9 milhões dos cofres estaduais.
Apesar da promessa de campanha de aplicar 2% do Orçamento no setor, a dotação da Secretaria de Cultura tem caído progressivamente. Passou de quase R$ 232 milhões, em 2016, para cerca de R$ 199 milhões, em 2017, e este ano para R$ 196,5 milhões.
“É evidente que, com o volume, tanto de patrimônio arquitetônico e cultural que nós temos, nós precisaríamos, e precisamos, de um volume de recursos muito maior do que nós temos disponível para fazer manutenção ou investimentos maiores”, reconheceu o petista, ao justificar que a “Bahia é a 20ª arrecadação per capita do Brasil”, com R$ 44 bilhões.
Em relação à comparação entre as verbas destinadas à Secult e o aporte feito ao estádio mantido pelo consórcio composto pelas construtoras OAS e Odebrecht, Rui ponderou: “Pergunta ao povo do futebol, à torcida do Bahia, à torcida do Vitória, se não quer o estádio. O estádio contribuiu, tendo Copa América, Copa do Brasil, para a economia daqui também? Ou não contribuiu? São opções”.
O postulante à reeleição prometeu fazer mudanças na “forma de pagamento” do Estado para a Arena após o pleito estadual: “Estamos estudando essa alternativa para fazer uma negociação”.
Rui Costa afirmou que pediu a bancos públicos e privados que invistam de 5% a 10% do que aplicam em cultura no país na Bahia, a fim de descentralizar as ações promovidas no eixo Rio-São Paulo, e anunciou que o Santander vai trazer um centro cultural para o estado. Em contrapartida, o governo vai ceder uma área pública "importantíssima, belíssima", não revelada, à empresa espanhola.
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