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Política
"Brasil é paciente que convulsiona ao tentar curar corrupção", diz Janot em discurso de despedida
Em última sessão no comando do Ministério Público Federal (MPF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot afirmou,nesta quinta-feira (14), que o Brasil é como "um paciente que convulsiona no processo de combate à corrupção". O mandato de Janot termina no próximo dia 18. O cargo será ocupado pela procuradora Raquel Dodge.[Leia mais...]
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Foto: Agência Brasil
Em última sessão no comando do Ministério Público Federal (MPF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot afirmou, nesta quinta-feira (14), que o Brasil é como "um paciente que convulsiona no processo de combate à corrupção". O mandato de Janot termina no próximo dia 18. O cargo será ocupado pela procuradora Raquel Dodge.
Durante discurso de cerca de 5 minutos, Janot fez uma breve retrospectiva de sua atuação na Corte. "Confrontados com nossos problemas seculares, a imagem que se revelou de nossa organização política é pungente. O Brasil, tal qual um paciente submetido a gravoso tratamento, convulsiona no processo curativo do combate à corrupção”, disse.
Ele ainda afirmou que a Corte foi "firme" e "não se acovardou" frente as investigações desdobradas pela Operação Lava Jato."Foram tantos momentos que citar todos excederia em muito o tempo que não vou roubar. A retidão dessa casa na condução do processo jurídico criminal mais complexo e delicado que essa casa já vivenciou: a Lava Jato. O STF foi firme, respeitou as leis e a Constituição, mas não se acovardou sob o pálio da pseudoprudência em que facilmente se escondem os interesses vis", disse.
Ao fim de seu discurso, Janot mencionou “ataques” em que foi alvo durante o período que esteve a frente do cargo.“Tenho sofrido nessa jornada, que não poucas vezes pareceu-me inglória, toda a sorte de ataques. Resigno a meu destino, porque mesmo antes de começar, sabia exatamente que haveria um custo por enfrentar esse modelo político corrupto e promotor de corrupção, cimentado por anos de impunidade e de descaso”, afirmou.
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