Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Sábado, 27 de julho de 2024

Home

/

Notícias

/

Política

/

"Brasil é paciente que convulsiona ao tentar curar corrupção", diz Janot em discurso de despedida

Política

"Brasil é paciente que convulsiona ao tentar curar corrupção", diz Janot em discurso de despedida

Em última sessão no comando do Ministério Público Federal (MPF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot afirmou,nesta quinta-feira (14), que o Brasil é como "um paciente que convulsiona no processo de combate à corrupção". O mandato de Janot termina no próximo dia 18. O cargo será ocupado pela procuradora Raquel Dodge.[Leia mais...]

"Brasil é paciente que convulsiona ao tentar curar corrupção", diz Janot em discurso de despedida

Foto: Agência Brasil

Por: Paloma Morais no dia 14 de setembro de 2017 às 19:03

Em última sessão no comando do Ministério Público Federal (MPF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot afirmou, nesta quinta-feira (14), que o Brasil é como "um paciente que convulsiona no processo de combate à corrupção". O mandato de Janot termina no próximo dia 18. O cargo será ocupado pela procuradora Raquel Dodge.

Durante discurso de cerca de 5 minutos, Janot fez uma breve retrospectiva de sua atuação na Corte. "Confrontados com nossos problemas seculares, a imagem que se revelou de nossa organização política é pungente. O Brasil, tal qual um paciente submetido a gravoso tratamento, convulsiona no processo curativo do combate à corrupção”, disse. 

Ele ainda afirmou que a Corte foi "firme" e "não se acovardou" frente as investigações desdobradas pela Operação Lava Jato."Foram tantos momentos que citar todos excederia em muito o tempo que não vou roubar. A retidão dessa casa na condução do processo jurídico criminal mais complexo e delicado que essa casa já vivenciou: a Lava Jato. O STF foi firme, respeitou as leis e a Constituição, mas não se acovardou sob o pálio da pseudoprudência em que facilmente se escondem os interesses vis", disse.

Ao fim de seu discurso, Janot mencionou “ataques” em que foi alvo durante o período que esteve a frente do cargo.“Tenho sofrido nessa jornada, que não poucas vezes pareceu-me inglória, toda a sorte de ataques. Resigno a meu destino, porque mesmo antes de começar, sabia exatamente que haveria um custo por enfrentar esse modelo político corrupto e promotor de corrupção, cimentado por anos de impunidade e de descaso”, afirmou.