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Lava Jato: MPF diz que Lula participou ativamente de esquema criminoso

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Lava Jato: MPF diz que Lula participou ativamente de esquema criminoso

O Ministério Público Federal afirmou possuir elementos para provar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou ativamente do esquema criminoso na Petrobras revelado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Ainda segundo o órgão, o petista recebeu, direta e indiretamente, vantagens indevidas. [Leia mais...]

Lava Jato: MPF diz que Lula participou ativamente de esquema criminoso

Foto: Ricardo Stuckert Filho/PR

Por: Matheus Simoni no dia 05 de agosto de 2016 às 14:59

O Ministério Público Federal afirmou possuir elementos para provar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou ativamente do esquema criminoso na Petrobras revelado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Ainda segundo o órgão, o petista recebeu, direta e indiretamente, vantagens indevidas, em documento no qual defendeu a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba, encaminhado à própria Justiça. Segundo a força-tarefa, Lula "tinha ciência do estratagema criminoso e dele se beneficiou" e "não é crível que ele desconhecesse a existência dos ilícitos".

"Considerando os dados colhidos no âmbito da Operação Lava-Jato, há elementos de prova de que Lula participou ativamente do esquema criminoso engendrado em desfavor da Petrobras, e também de que recebeu, direta e indiretamente, vantagens indevidas decorrentes dessa estrutura delituosa", escreveram os procuradores em ofício encaminhado ao juiz.

O parecer do Ministério Público Federal (MPF) foi incluído em processo de "exceção de incompetência" movido pelos advogados do ex-presidente na Justiça Federal, em Curitiba, questionando a competência do juiz federal Sérgio Moro para julgar os processos envolvendo o ex-presidente. Em despacho, Moro pediu a manifestação do MPF sobre o tema.

No documento encaminhado à Justiça, os procuradores afirmam que o esquema envolveu pessoas importantes e próximas a Lula, como o ex-ministro José Dirceu; os ex-tesoureiros do PT João Vaccari Neto e José di Filippi Júnior e o publicitário João Santana. Dizem ainda que os envolvidos formavam uma só organização, com o mesmo modus operandi, integrada pelos mesmos agentes, ainda que os contextos sejam "parcialmente diferentes". Por fim, eles ressaltaram que o foco do grupo era o mesmo em todos os casos: "enriquecimento ilícito dos seus integrantes e manutenção do poder político".

O MPF frisa que, em 2005, o ex-presidente admitiu ter conhecimento sobre a prática de "caixa dois" no financiamento de campanhas políticas e, em recente depoimento prestado à Polícia Federal, reconheceu que, no caso da Petrobras, "recebia os nomes dos diretores a partir de acordos políticos firmados".