Eduardo Leite deve decidir sobre permanência no PSDB até o fim de abril

 

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (16) que só deve bater o martelo sobre seu futuro político no fim de abril, prazo em que o PSDB pretende encerrar as negociações sobre possíveis fusões com outras siglas.

Com 24 anos de filiação ao partido, Leite avalia uma mudança de legenda, de olho na eleição presidencial de 2026. Ele tem sinalizado a aliados a possibilidade de migrar para o PSD. No mês passado, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, deixou o PSDB rumo à legenda comandada por Gilberto Kassab, mirando um eventual embate com o atual prefeito do Recife, João Campos (PSB), em 2026.

"O partido [PSDB] vive um momento de reflexão e discussão sobre seu futuro, o que é natural diante dos desafios que o sistema eleitoral brasileiro impõe. Em respeito à história que construímos juntos, qualquer decisão sobre meu futuro partidário será tomada apenas após a conclusão desse processo interno, que terá um desfecho até o fim do mês de abril", escreveu Leite em uma rede social.

As discussões dentro do PSDB hoje giram em torno de uma possível fusão com o Podemos, hipótese considerada mais avançada pelas lideranças tucanas. A expectativa é que o anúncio ocorra ainda neste mês. Outras alternativas em debate envolvem a formação de uma federação com o MDB ou com o Republicanos. Já a absorção do PSDB pelo PSD está fora do radar. Dirigentes tucanos avaliam que esse movimento equivaleria, na prática, ao fim do partido.