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Super-ricos estão super-representados no Congresso, diz Haddad sobre reforma do IR

Política

Super-ricos estão super-representados no Congresso, diz Haddad sobre reforma do IR

Ministro da Fazenda defende criação de imposto mínimo para super-ricos e afirma que medida é justa, apesar das resistências no Congresso

Super-ricos estão super-representados no Congresso, diz Haddad sobre reforma do IR

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Por: Metro1 no dia 20 de março de 2025 às 09:42

Atualizado: no dia 20 de março de 2025 às 10:37

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstrou confiança na aprovação do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais e na criação de um imposto mínimo para os super-ricos. Ele acredita que, apesar da forte representação de milionários no Congresso, o projeto será aprovado, pois é justo e essencial para a sociedade. O objetivo é garantir que os super-ricos paguem uma alíquota mínima de 10%, enquanto trabalhadores continuam a pagar até 27,5%.

"Tem super-ricos no Congresso Nacional. Não tem só parlamentar com mandato popular. Aliás, não é a maioria da população que está representada no Congresso [...] Os super-ricos estão super-representados no Congresso", disse Haddad no programa Bom Dia, Ministro, da EBC (Empresa Brasil de Comunicação)

O governo de Lula propôs a criação de um imposto mínimo para pessoas com ganhos anuais a partir de R$ 600 mil, com uma alíquota progressiva que pode atingir até 10% para aqueles que ganham acima de R$ 1,2 milhão. A medida afeta 141,4 mil contribuintes de alta renda, que hoje pagam uma alíquota efetiva de apenas 2,5%. A iniciativa busca corrigir a disparidade tributária entre assalariados e milionários no Brasil, onde os mais ricos pagam proporcionalmente menos impostos.

Apesar das resistências no Congresso, como a oposição do presidente da Câmara, Hugo Motta, à proposta de aumento da tributação dos ricos, Haddad acredita que não haverá argumentos para barrar a medida. O governo também planeja isentar aproximadamente 10 milhões de contribuintes de classe média, prometendo uma renúncia fiscal de R$ 25,8 bilhões. "Não consigo enxergar alguém da extrema-direita subir na tribuna e justificar a cobrança de Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5.000".