
Política
Kakay vê fracasso em ato de Bolsonaro e questiona manifestações contra anistia
Ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aconteceu em Copacabana neste domingo.

Foto: Acervo pessoal
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, avaliou o ato promovido por Jair Bolsonaro neste domingo (16) como um fracasso e um indicativo do enfraquecimento do ex-presidente. Segundo ele, mesmo com a presença de governadores e figuras da extrema direita, apenas 18 mil pessoas compareceram, número muito abaixo do esperado.
"Ontem o fracasso da manifestação do Bolsonaro no Rio foi um ato extremamente importante. Mesmo com a presença de 4 governadores, políticos significativos da extrema direita e com a promessa de levar 1 milhão de manifestantes, estiveram presentes 18 mil bolsonaristas", disse Kakay.
Para o advogado, com a aceitação da denúncia pelo STF no próximo dia 25, a tendência é que a adesão a novas manifestações pró-anistia diminua ainda mais. "Com o recebimento da Denúncia pelo Supremo Tribunal, dia 25 de março,contra Bolsonaro e seu bando, a próxima manifestação a favor da anistia deverá ter 1800 pessoas. Com a condenação, que deverá se dar até setembro, se fizerem outra manifestação estarão presentes 180. Após a prisão não deverá haver manifestação pois sequer o Bolsonaro estaria presente, por motivos óbvios", afirmou.
Kakay também criticou a estratégia da defesa de Bolsonaro, que, segundo ele, abandonou a abordagem técnica e optou pelo enfrentamento político. “Bolsonaro parece ter desistido da opção técnica e optou pelo caminho político. Penso que até parece que querem forçar uma preventiva para tentar tumultuar. Foi um acinte ao Supremo Tribunal a manifestação com aquela agressividade há 10 dias do recebimento da Denúncia”, disse. Para o advogado, a rejeição popular à anistia já foi demonstrada pelo fracasso da manifestação no Rio.
Por isso, Kakay considera um erro a convocação de atos contra a anistia em 30 de março. Para ele, qualquer mobilização que não reúna um número expressivo de pessoas pode ser explorada pela direita. “Entendo ser um enorme erro fazer uma manifestação contra a Anistia, depois do resultado pífio no Rio de Janeiro. Se não levarmos 1 milhão de pessoas - e não levaremos- vamos dar margem para a direita e ultra direita explorar", concluiu.
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