
Política
Bolsonaro participa de manifestação em Copacabana pedindo anistia para envolvidos no 8 de janeiro
O ato ocorre em um momento em que Bolsonaro enfrenta acusações de liderar uma conspiração para derrubar o governo e minar a democracia do país após sua derrota nas eleições de 2022

Foto: Reprodução/Globo News
Na manhã deste domingo (16), milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram na orla de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, em um ato convocado pelo próprio Bolsonaro. A manifestação teve como principal pauta a anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, considerados o maior ataque às instituições da República desde a redemocratização do país.
Além de Bolsonaro, o evento contou com a presença de diversas autoridades políticas, incluindo os governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Tarcísio de Freitas (São Paulo), Jorginho Mello (Santa Catarina) e Mauro Mendes (Mato Grosso). Também participaram os senadores Flávio Bolsonaro e Magno Malta, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, a vice-presidente do PL, Priscila Costa, o deputado federal Nicolas Ferreira e o pastor Silas Malafaia, que coordenou o evento.
Durante o ato, Bolsonaro discursou criticando a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele defendeu a anistia dos presos pelos atos de 8 de janeiro, afirmando que são "pessoas de bem" que não cometeram atos de maldade e foram atraídas para uma armadilha.
O ex-presidente também mencionou que um projeto de lei propondo a anistia já possui apoio suficiente para ser aprovado na Câmara dos Deputados.
O evento ocorre em meio à expectativa pelo julgamento no STF, previsto para os dias 25 e 26 de março, que analisará a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Bolsonaro e aliados por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Caso a denúncia seja aceita, eles se tornarão réus. Analistas políticos interpretam a manifestação como uma estratégia de Bolsonaro para buscar apoio direto dos eleitores, diante de um possível desfecho desfavorável no Supremo.
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