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“Se fizer olho por olho, vai ficar todo mundo cego”, diz Alckmin sobre taxação

Política

“Se fizer olho por olho, vai ficar todo mundo cego”, diz Alckmin sobre taxação

Vice-presidente indicou que a negociação é o melhor caminho para o impasse

“Se fizer olho por olho, vai ficar todo mundo cego”, diz Alckmin sobre taxação

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 14 de março de 2025 às 14:18

Após formalizar a redução das tarifas de importação de alimentos, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (13) que a decisão dos Estados Unidos de taxar o aço e alumínio brasileiro é equivocada. Segundo ele, o caminho escolhido pelo governo não é retaliar a maior economia do mundo, por meio de uma política de "olho por olho". Segundo ele, esse caminho deixa "todo mundo cego".

“Entendemos que o caminho não é olho por olho. Se fizer olho por olho, vai ficar todo mundo cego. Comércio exterior é ganha, ganha. Ganha quem tem mais competitividade para exportar e ganha o conjunto da sociedade. O caminho é a reciprocidade e buscar diálogo”, declarou o vice-presidente após anunciar a confirmação da tarifa zero para nove tipos de alimentos.

Ele reiterou que os Estados Unidos têm superávit comercial com o Brasil, com tarifa zerada para a maioria dos produtos. “A medida tomada de aumentar para 25% a tarifa de aço e de alumínio não foi contra o Brasil, foi uma medida geral. Não foi específica. Entendemos que a decisão é equivocada porque o Brasil não é problema comercial para os Estados Unidos. Eles têm superávit comercial com o Brasil”, destacou. Nos dois primeiros meses de 2025, o Brasil acumulou déficit comercial de US$ 342,9 milhões com os Estados Unidos, com a segunda maior economia do planeta exportando para o Brasil mais do que importa.

A ideia debatida no governo é encontrar uma solução que pode ser semelhante à adotada em 2018, quando Trump anunciou medidas semelhantes. No primeiro mandato, o republicano também anunciou tarifas de 25% sobre aço e de 10% sobre alumínio. A medida, contudo, nunca chegou a funcionar com força total. Brasil, Argentina, Coreia do Sul e Austrália, entraram em um sistema de cotas que, quando excedidas, resultam em sobretaxas.