Política
PF aponta ligação entre plano de golpe e blitze da PRF no 2º turno de 2022
Relatório final enviado em dezembro contém indiciamentos de fevereiro e agosto e a conclusão do caso
Foto: Polícia Rodoviária Federal
A Polícia Federal identificou um elo entre as investigações sobre o suposto plano de golpe de Estado e as operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal no dia do segundo turno das eleições de 2022, que resultaram na abordagem de pelo menos dois mil ônibus no Nordeste, região onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha vantagem contra Jair Bolsonaro (PL).
O vínculo foi detalhado no relatório final do inquérito enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro. O documento inclui os indiciamentos do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e do ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, formalizados em agosto, além de outros cinco indivíduos, indiciados em fevereiro de 2023.
O caso está sob análise do ministro Alexandre de Moraes, que o encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR). A conclusão do relatório foi inicialmente divulgada pelo portal UOL e confirmada pela CNN. No relatório, a PF anexou informações de outro inquérito, conduzido pela Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, que investigava o envolvimento de servidores e diretores da PRF na época.
Esse inquérito foi concluído em fevereiro de 2024, resultando no indiciamento de cinco pessoas pelos crimes de desobediência, prevaricação, restrição ao direito de voto e omissão na tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito. Entre os indiciados estão ex-diretores da PRF e um ex-coordenador de inteligência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
De acordo com as investigações, a cúpula da PRF, liderada por Silvinei Vasques e subordinada ao então ministro Anderson Torres, teria emitido ordens ilegais para dificultar o deslocamento de eleitores do candidato Lula no segundo turno das eleições de 2022.
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