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"Todo mundo esperava", diz Múcio sobre prisão de Braga Netto após reunião com Lula

Política

"Todo mundo esperava", diz Múcio sobre prisão de Braga Netto após reunião com Lula

O ministro ainda afirmou que foi avisado na sexta-feira (13) que a PF faria operação nas residências de dois militares, mas não sabia os nomes

"Todo mundo esperava", diz Múcio sobre prisão de Braga Netto após reunião com Lula

Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert/SecomPR

Por: Metro1 no dia 17 de dezembro de 2024 às 13:22

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que o presidente Lula (PT) questionou sobre o ambiente nas Forças Armadas após a prisão do general da reserva Walter Braga Netto, no último sábado (14). Segundo o ministro, embora não tenha sido uma surpresa, a prisão gerou desconforto entre os militares. A declaração ocorreu durante a reunião desta terça-feira (17) com o chefe do Executivo. 

“Lula quis saber como estava o ambiente nas Forças Armadas. Evidentemente que isso era uma coisa que já se esperava. Todo mundo esperava. Há um constrangimento ao espírito de corpo de cada Força, mas já se esperava”, disse Múcio a jornalistas, ao sair de uma reunião com o presidente, em sua residência em São Paulo, que durou cerca de duas horas.

“É como você ter um amigo que está respondendo a um processo. Você quer que ele pague diante da lei, mas você fica constrangido porque é um amigo. Ele, Braga Netto, tem muitos colegas da reserva, colegas de turno. Mas não foi uma surpresa para absolutamente ninguém”, reforçou Múcio, destacando que o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro foi o primeiro general quatro estrelas preso em tempos de democracia.

Além disso, Múcio disse que foi avisado na sexta-feira (13) que a Polícia Federal faria operação nas residências de dois militares. Porém, os nomes só foram revelados após a operação ser deflagrada na manhã de sábado.

“Nem o Exército, nem a Marinha, nem a Aeronáutica têm informação de quais são as pessoas que vão sofrer esse tipo de operação", completou o ministro. Ele ainda ressaltou que as Forças Armadas não se envolveram institucionalmente em planos de golpe apontados pela Polícia Federal. “Eu digo muito que cada um entrou nisso com seus CPFs, e a gente tem que preservar o CNPJ das três Forças", afirmou.