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Ministro dos Direitos Humanos defende direitos LGBTQIAPN+ em sessão solene na Câmara

Política

Ministro dos Direitos Humanos defende direitos LGBTQIAPN+ em sessão solene na Câmara

Almeida ressaltou que os direitos da comunidade são "constitucionais" e criticou aqueles que "defendem a família" enquanto atacam a comunidade

Ministro dos Direitos Humanos defende direitos LGBTQIAPN+ em sessão solene na Câmara

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Por: Metro1 no dia 28 de junho de 2024 às 17:58

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, participou na manhã desta sexta-feira (28) de uma sessão solene na Câmara dos Deputados em comemoração ao Dia do Orgulho LGBTQIAPN+. Em seu discurso, Almeida ressaltou que os direitos da comunidade são "constitucionais" e criticou aqueles que "defendem a família" enquanto atacam a comunidade LGBTQIAPN+.

"Se nós queremos construir um Brasil digno, em que possam ser criadas as condições econômicas e institucionais para que a prosperidade chegue a todos os brasileiros, as pessoas LGBTs precisam ser incluídas nessa equação. Não há projeto de país, de desenvolvimento econômico e social, se alguns celebram a violência contra as pessoas LGBTs", afirmou o ministro. Ele enfatizou que "todo projeto de país deve garantir condições institucionais para que as pessoas vulneráveis, mais afetadas pela violência no país, tenham proteção. É dever do Estado proteger a população LGBT".

"Muitas pessoas que destilam ódio contra a população LGBT usam o argumento de defesa da família como se as pessoas LGBTs não tivessem família também. Agora, se de fato é uma preocupação desses senhores, geralmente homens, digo o seguinte: diante da violência que as pessoas LGBT enfrentam, uma mãe e um pai que vivem com medo de seu filho não voltar para casa, que têm seus filhos assassinados, não merecem os cuidados do Estado? Essa família não merece dignidade e proteção? Portanto, quem realmente se preocupa com a família, defende as pessoas LGBTs", declarou.

Por fim, o ministro destacou as reivindicações da comunidade. "As demandas da população LGBT são contempladas no texto constitucional. As pessoas querem uma vida digna, viver com decência, não ser vítimas constantes da violência, inclusive do Estado. Elas querem direito à vida, que é um direito fundamental previsto na Constituição, direito à saúde, moradia, trabalho e renda. Isso não é nada extravagante, é simplesmente o que é garantido constitucionalmente", reforçou Almeida.