Política
Defesa de Mauro Cid pede liberdade provisória após um mês e alega que militar não quebrou acordo de delação
Cid foi preso por enviar áudios criticando a forma como a sua delação premiada foi conduzida pela Polícia Federal, insinuando ter sido coagido
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
A defesa do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, pediu a revogação da prisão preventiva ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) com a liberdade provisória do militar.
Cid foi preso há um mês, após determinação de Moraes, por enviar áudios criticando a forma como a sua delação premiada foi conduzida pela Polícia Federal (PF). O magistrado entendeu que Cid não preservou o sigilo da sua colaboração ao falar sobre o acordo e que os áudios causaram embaraço às investigações, o que caracterizaria crime de obstrução de Justiça.
Os advogados do militar alegam que não houve tentativa de obstruir a Justiça, e que o vazamento dos áudios não prejudicou as investigações. A defesa afirma ainda que a manutenção da prisão é desnecessária.
Em março, Cid foi intimado a ir ao STF prestar esclarecimentos sobre os áudios divulgados pela Revista Veja onde Cid insinua que foi coagido pela PF. Ele acabou saindo de lá preso por descumprimento de medidas cautelares e obstrução.
Cid foi preso pela primeira vez em maio de 2023, no âmbito da operação sobre a fraude em cartões de vacinação de Bolsonaro, parentes e assessores. Ele ficou detido por quatro meses e deixou a cadeia após acertar a colaboração.
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