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Freire Gomes revela que não interveio em acampamentos por ordem de Bolsonaro

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Freire Gomes revela que não interveio em acampamentos por ordem de Bolsonaro

Gustavo Henrique Dutra determinou o fim do acampamento no QG de Brasília, mas teve a decisão suspensa por Freire

Freire Gomes revela que não interveio em acampamentos por ordem de Bolsonaro

Foto: Divulgação/Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agencia Brasil

Por: Metro1 no dia 05 de março de 2024 às 18:43

Atualizado: no dia 06 de março de 2024 às 07:22

O ex-comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, revelou à Polícia Federal (PF) que recebeu ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro para não interferir na manutenção do acampamento golpista montado em frente do Quartel-Geral de Brasília. 

Em 2022, apoiadores de Bolsonaro montaram estruturas em torno de QGs após os resultados das eleições, pedindo atuação dos militares para garantir a permanência do ex-presidente no poder. 

Em novembro, Freire Gomes e os então comandantes da Marinha, Almir Garnier, e da Força Aérea Brasileira (FAB), Carlos de Almeida Baptista Junior, tinham assinaram um documento que nomeava os acampamentos bolsonaristas como “manifestações populares”.

Dois meses depois, o general Gustavo Henrique Dutra determinou o fim do acampamento no QG de Brasília para diminuir o risco de enfrentamento entre apoiadores de Bolsonaro e eleitores de Lula, que começavam a chegar à capital federal para acompanhar a posse do presidente eleito.

No entanto, a decisão foi suspensa por Freire Gomes que ligou para o general e proibiu qualquer interferência no acampamento. Segundo disse à PF, a mando do ex-presidente Bolsonaro.O testemunho de Freire Gomes sobre os acampamentos é um dos pontos sensíveis da investigação que apresenta mais um elo entre o ex-presidente e a suposta tentativa de golpe de Estado.

A declaração do ex-comandante do Exército é considerada crucial para as investigações. De acordo com fontes ligadas à PF, os esclarecimentos do ex-comandante do Exército, do ex-comandante da Aeronáutica Carlos Baptista Júnior e a delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, são “complementares”.