Política
Após Israel anunciar que vai reforçar operações em Rafah, Lula deve usar viagem ao Egito para pedir apoio na retirada de brasileiros
Lula desembarcou na manhã de quarta-feira (14) na capital Cairo e foi recebido em uma cerimônia oficial por Abdel Fattah al-Sisi
Foto: Ricardo Stuckert / PR
Em viagem ao Egito, o presidente Lula (PT) vai se encontrar, na manhã desta quinta-feira (15), com o ditador egípcio Abdel Fattah al-Sisi. Os dois devem discutir sobre a guerra na Faixa de Gaza e a repatriação de brasileiros que ainda estão na região. Nos últimos dias, Israel anunciou que quer ampliar suas operações militares em Rafah, cidade que faz fronteira com o Egito e tem servido de saída da Faixa de Gaza. Após o anúncio, o Ministério de Relações Exteriores divulgou uma nota afirmando que recebia essa informação com preocupação.
"Tal operação, se levada a cabo, terá como graves consequências, além de novas vítimas civis, um novo movimento de deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos, como vem ocorrendo desde o início do conflito", disse a nota
A expectativa é que o presidente inicie a reunião agradecendo pelo auxílio na retirada dos brasileiros que estavam na região e solicite apoio para a evacuação daqueles que ainda permanecem na zona de conflito. De acordo com informações do escritório brasileiro em Ramallah, ainda estão na região 10 cidadãos com dupla nacionalidade e 9 familiares deles em processo de imigração.
Lula desembarcou na manhã de quarta-feira (14) na capital Cairo e foi recebido em uma cerimônia oficial por Abdel Fattah al-Sisi. Ele passará três dias no continente africano. Depois do Egito, segue para Etiópia. Antes, ele deve ainda assinar com Abdel Fattah al-Sisi acordos de cooperação no comércio, agricultura, ciência e tecnologia. Os dois também vão anunciar um voo direto entre Cairo e São Paulo.
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