Sucessão em Camaçari: principais nomes escondem jogo e cenário permanece incerto

Se tem algo possível de afirmar sobre o cenário para o próximo pleito em Camaçari, cidade da Região Metropolitana de Salvador, é que ainda tem pouca coisa definida oficialmente. Esse panorama começa pelo próprio Antonio Elinaldo (União), atual prefeito, que não poderá se reeleger e deve escolher seu sucessor.

Camaçari é um município relevante do estado e desperta atenção especial de governistas e oposicionistas. Com mais de 300 mil habitantes, tem o segundo maior PIB (Produto Interno Bruto) da Bahia, com um total superior a R$ 25  bilhões. 

Ao Metro1, Antonio Elinaldo afirmou que deve anunciar seu sucessor até o início de 2024. O União tem duas pré-candidaturas confirmadas: José Tude, vice-prefeito da cidade, e que também já foi prefeito de Camaçari em dois mandatos; e Flávio Matos, atual presidente da Câmara Municipal. 

O grupo governista tinha outras quatro pré-candidaturas ao Executivo municipal, mas os próprios decidiram retirar os nomes da disputa eleitoral. “Fizeram um gesto de grandeza e decidiram abrir mão da pré-candidatura em nome da unidade do nosso grupo, e isso é muito importante”, afirmou Antonio Elinaldo ao Metro1. Retiraram as candidaturas: o líder do governo na Câmara de Vereadores, Junior Borges; o secretário de Saúde, Elias Natan; o secretário de Esportes, Jorge Curvelo; e o diretor-superintendente da STT, Helder Almeida.

“Estamos dialogando e tenho certeza que vamos construir uma candidatura forte e competitiva para vencer as eleições e manter Camaçari no caminho certo, nos trilhos do desenvolvimento”, afirmou o prefeito.

Vai ou não vai?

No que diz respeito ao PT, o nome mais provável é do atual secretário estadual de Relações Institucionais, Luiz Caetano, que já foi prefeito de Camaçari entre 2005 e 2012. Sua esposa, a deputada federal Ivoneide Caetano (PT), que disputou o pleito em 2020 e teve 40,52% dos votos, também é um nome cotado pela oposição. 

“Se for decidido o meu nome, estou pronta, mas atualmente meu candidato é Caetano”, afirmou ela, em entrevista à Rádio Metropole em julho deste ano. Apesar de Caetano ser o nome favorito, ele evita dar uma posição certeira sobre o pleito do ano que vem. Durante o evento de inauguração do polo industrial da BYD em Camaçari, ele descartou a pré-candidatura e afirmou que o PT deve discutir a indicação só em 2024.

“Não sou pré-candidato. Nós vamos discutir candidatura no ano que vem, temos um grupo político muito bem organizado. No momento certo, vamos discutir com a sociedade de Camaçari qual o melhor plano de governo e vamos definir quem vai estar junto nesta chapa”, afirmou.

Além do PT e do União, outros partidos articulam candidaturas à prefeitura de Camaçari. O MDB tem o radialista Oswaldinho Marcolino como pré-candidato. Ao Metro1, ele disse que tem buscado agregar mais legendas ao seu projeto. “São conversas ainda preliminares. Não foi hipotecado o apoio oficial por essas legendas ainda. O caminho do MDB em Camaçari é um caminho de independência e a gente vai continuar avançando”, ressaltou ao Metro1.