Política
Após confusão na Câmara, Carballal compara "mandatos coletivos" com ideais bolsonaristas
Vereador provocou discussão nesta terça-feira (3), ao colocar assessora em cadeira reservada a parlamentares
Foto: Reprodução/Instagram
O vereador Henrique Carballal (PDT) criticou a ideia de “mandato coletivo” na Câmara dos Vereadores de Salvador. Em conversa com o Metro1, o parlamentar ainda comparou o conceito com o bolsonarismo.
“A esquerda utiliza os instrumentos institucionais. Quando não acontece assim, não difere dos fascistas e bolsonaristas que invadiram os poderes em 8 de janeiro. Se as minorias usam o Parlamento como uma forma de construir o direto dessa forma, a regra tem que valer para todos”, defendeu.
Segundo o vereador, a discussão pela ocupação das cadeiras ocorrida na Casa Legislativa nesta segunda-feira (3) começou a partir do que seria uma “provocação” sobre o assunto, feita por ele.
“Uma vereadora tem uma assessora que se coloca no direito de sentar na cadeira [reservada aos parlamentares]. Então eu também tenho esse direito, a minha também sentou. Isso que aconteceu. E isso traz a discussão: não existe co-vereador, só tem uma pessoa diplomada por cargo”, afirmou.
A fala alfineta a vereadora Laina Crisóstomo (Psol), que considera o seu mandato como coletivo, apesar de a regulamentação da Câmara não prever a denominação. Na terça, o 2° presidente da Casa Legislativa Isnard Araújo (PL) também pediu a expulsão da mulher a quem ele se referiu como assessora de Laina.
“Ao fazer isso [mandatos coletivos], quebra a institucionalidade da Casa. Somos 43 vereadores, não 44, 45 ou 46. O Estado moderno tem uma democracia representativa e são 43 representantes em Salvador. Isso precisa ser esclarecido para não causar confusões como essa”, avaliou Carballal.
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