Política
Fiesp: "É um golpe em letras grandes", afirma Miguel Reale Jr. sobre destituição de Josué Gomes da Silva
A decisão de destituir Josué Gomes da Silva do cargo de presidente foi tomada durante uma assembleia extraordinária da entidade, que ocorreu nesta segunda-feira (16)
Foto: Divulgação/Governo de São Paulo
Após o empresário Josué Gomes da Silva ter sido destituído da presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta segunda-feira (16), por 47 representantes sindicais que participaram da assembleia extraordinária da empresa, a decisão vem sendo questionada.
Uma das pessoas que contestaram a destituição foi o ex-ministro da Justiça e advogado, Miguel Reale Jr., que caracterizou a situação como um “golpe”, já que a decisão teria partido de representantes que não estavam satisfeitos com Josué Gomes, por ele ter sido organizado uma carta de entidades a favor da democracia.
“É golpe em letras grandes. Na verdade, o Josué foi destituído porque fez um manifesto a favor da democracia. Nunca na história da Fiesp um presidente foi destituído”, afirmou Reale Jr. ao Radar Econômico. "Foi um golpe, contrariando disposições estatuárias. Foi uma violência absolutamente ilegal. Não houve imputação de fato que justificasse, tampouco tinham competência para a realização dessa assembleia. Não imputaram nenhum fato que pode levar a destituição. Fizeram porque queriam."
Além disso, o advogado não entrou em detalhes de como a defesa de Josué Gomes irá se posicionar diante da situação, no entanto, citou alguns do caminho que ela poderá adotar.
“Argumentos não faltam. Pode-se requerer o reconhecimento da nulidade de assembleia por violação das normas dos estatutos, por ausência de acusação, por não preenchimento das condições estabelecidas no estatuto para a destituição, por quebra do devido processo legal”, concluiu.
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