Política
Em carta aberta a Lula, economistas chamam de “falácia” tese de que defesa do teto garante disciplina fiscal
Os economistas sustentam ainda que o problema da falta de recursos para área social e investimento público não são decorrência do teto, mas da falta de prioridade do governo
Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação
Cinco economistas publicaram uma carta aberta ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que argumentam que a manutenção do teto de gastos não é fundamental para garantir responsabilidade fiscal.
Os especialistas dizem essa ideia é "uma falácia". O grupo diz que a instituição do teto de gastos não resultou em redução da percepção de risco do Brasil junto a investidores e nem da inflação. Para eles, no longo prazo, o teto esmaga a parcela do Orçamento da União dedicada às áreas social e de investimento público.
Os economistas sustentam ainda que o problema da falta de recursos para área social e investimento público não são decorrência do teto, mas da falta de prioridade do governo. O teto é uma regra que limita o aumento das despesas públicas à inflação do ano anterior.
A carta é assinada pelo ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, pelos economistas José L. Oreiro; Luiz C. Magalhães; Kalinka Martins; e o professor de economia do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Geep/Iesp-Uerj, Luiz Fernando de Paula.
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