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“Cada vez que o nosso sistema de segurança pública se traduz em mais tiros é uma falha do estado”, defende Damico

Política

“Cada vez que o nosso sistema de segurança pública se traduz em mais tiros é uma falha do estado”, defende Damico

Candidato do PCB foi sabatinado nesta sexta-feira (9) na Metropole

“Cada vez que o nosso sistema de segurança pública se traduz em mais tiros é uma falha do estado”, defende Damico

Foto: Fernanda Vilas Boas/Metropress

Por: Gabriel Amorim no dia 09 de setembro de 2022 às 09:18

Um dos temas mais questionados aos candidatos ao governo da Bahia, a segurança pública foi também tema de questionamentos durante a sabatina ao candidato Giovani Damico (PCB). O editor de política do Metro1, Rodrigo Daniel, questionou o candidato sobre a possibilidade de fazer segurança pública sem o incentivo a uma polícia ostensiva. Giovani defendeu a “desmilitarização da polícia e do cotidiano”.  Cada vez que o nosso sistema de segurança pública se traduz em mais tiros é uma falha do estado”, apontou.  

Segundo Damico, falar de reforço de policiamento não responde às questões de segurança pública. “Toda vez que vem o tema segurança pública, todo mundo só tem falado de policiamento. Mas ninguém tem falado de segurança pública. Ninguém tem falado que para combater o mundo do crime você precisa ver de onde que as facções, o mundo do crime, tiram seus recursos, humanos e materiais. O recurso humano são os jovens, que tão morrendo com 16 anos. Se você não cria uma alternativa para o jovem que não seja entrar no crime você não tá falando de segurança pública”, defendeu.

O candidato do PCB novamente falou sobre a necessidade de mudar a forma de pensar as propostas também na área de segurança. “Tem 30 anos que o estado tem dado a resposta de responder violência, com mais violência. A droga não nasce na periferia de Salvador. A gente está enxugando gelo na pontinha do iceberg. É preciso olhar de onde vem a droga, o armamento, porque as facções seguem ganhando poder”, afirmou.


O candidato disse que sua proposta é a de um acompanhamento permanente da segurança pública para que a resposta deixe de ser mais atos violentos. “O que não se pode ver é o próprio estado gerando situações de insegurança, também para os próprios policiais que não sabem se vão voltar pra casa. Assim como não sabe a mãe de um jovem negro não sabe se seu filho volta. A gente precisa desmilitarizar não só a policia, mas o nosso cotidiano”. concluiu.