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Após atritos, Otto diz que relatório de Renan é consistente e aponta crimes de Bolsonaro

Política

Após atritos, Otto diz que relatório de Renan é consistente e aponta crimes de Bolsonaro

Cúpula da CPI, contudo, decidiu trocar o termo "genocídio" por "crime contra a humanidade" ao atribuir responsabilidades ao presidente

Após atritos, Otto diz que relatório de Renan é consistente e aponta crimes de Bolsonaro

Foto: Pedro França/Agência Senado

Por: Alexandre Santos no dia 20 de outubro de 2021 às 11:10

Após divergências quanto aos crimes a serem atribuidos a Jair Bolsonaro, o senador Otto Alencar (PSD-BA), membro da CPI da Covid, afirmou nesta quarta-feira (20) que o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) é consistente ao tipificar todos os delitos cometidos pelo presidente durante a pandemia.

“O relatório do senador Renan é um relatório robusto, que tem todas as ações que foram realizadas pelo conjunto dos senadores ao longo desses seis meses e que mostrou os crimes que foram praticados, tipificados, de acordo com o que está no Código Penal”, declarou Otto em entrevista coletiva um pouco antes do início da sessão em que Renan lerá o relatório final.

O documento, que soma 1.180 páginas, sugere o indiciamento de 70 pessoas, dentre as quais Jair Bolsonaro, em um total de 24 crimes. Em meio a discórdias, os senadores, contudo, decidiram trocar o termo "genocídio" por "crime contra a humanidade" em relação às responsabilizações do presidente.

"A CPI mostrou corrupção, improbidade administrativa, advocacia administrativa. Mostrou o descaso com as ações para o controle da doença. [O governo federal] Não fez barreira sanitária, estimulou a imunidade de rebanho e medicamentos ineficazes. O resultado é que o governo hoje é responsável por mais de trezentas e tantas mil mortes que poderiam ter sido evitadas, se a vacinação começasse em dezembro de 2020, e poderia ter começado lá atrás já com a Pfizer e com a Coronavac”, acrescentou Otto.

Ao fazer um balanço sobre os trabalhos da CPI, Otto diz que um dos pontos cruciais foi a pressão para que o governo agilizasse a compra de vacinas. “A CPI obrigou Bolsonaro a comprar vacina e acabar com a negação de não entender que essa é uma doença que só pode ser controlada com a vacina. Bolsonaro negou o tempo inteiro isso. Inclusive ele desqualificou a Pfizer e a CoronaVac”, disse o senador baiano.