Política
Renan lê nesta quarta relatório da CPI que responsabilizará Bolsonaro e mais 71
Senadores, contudo, decidiram trocar o termo "genocídio" por "crime contra a humanidade" para enquadrar o presidente
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Após quase seis meses de trabalho, o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), inicia a leitura do documento final em audiência marcada para as desta quarta-feira (20). O texto sugere o indiciamento de 70 pessoas, entre os quais o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e de duas empresas, em um total de 24 crimes. Os senadores, contudo, decidiram trocar o termo "genocídio" por "crime contra a humanidade" ao atribuir responsabilidades a Bolsonaro.
A votação do relatório deve ocorrer na próxima terça-feira (26), de acordo com a previsão do chefe do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM). A expectativa no Senado é que a leitura seja concluída ainda hoje. Se isso não for possível, porém, os congressistas têm a possibilidade de suspender a sessão e retomá-la nesta quinta (21), por exemplo.
O texto elaborado por Renan inclui colaborações de outros parlamentares que compõem o chamado G7, grupo que reúne os membros da CPI críticos ao governo Bolsonaro. O relatório tem mais de 1.000 páginas. A previsão inicial é que Renan leia um resumo do relatório, os encaminhamentos e as sugestões de indiciamentos.
Após deliberação do plenário da comissão, as sugestões do relator serão encaminhadas aos órgãos de fiscalização e controle —sobretudo o MPF (Ministério Público Federal), por meio da PGR (Procuradoria-Geral da República), e o Ministério Público dos estados, com foco no Distrito Federal e em São Paulo, onde já existem investigações em andamento.
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