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Política
Larry Rohter narra em livro história alternativa do país com Nordeste independente
Jornalista também fala sobre relação com ataques à imprensa e comenta nova fase de Lula
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Foto: Metropress
O jornalista e escritor americano Larry Rohter comentou a produção do seu novo livro, que narra uma história fictícia envolvendo a ocupação holandesa no Nordeste. Em entrevista a Mário Kertész e Malu Fontes hoje (11), durante o Jornal da Metrópole no Ar da Rádio Metrópole, o comunicador falou que trata-se de uma visão diferente dos acontecimentos históricos do país. "É uma história alternativa do Brasil onde os holandeses ganham a batalha de Guararapes e o Nordeste continua como colônia holandesa até 1808, quando viram um país independente. Nesse país independente, os dois centros de poder são Pernambuco e Bahia. É uma história e segue. Uma visão diferente de dois Brasis diferentes, o holandês e o português", nara.
Rohter foi questionado sobre o novo panorama político do país após a anulação das condenações que pesavam contra o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. O petista chegou a determinar a o cancelamento do visto de permanência do norte-americano no Brasil, o que faria com que Rohter fosse expulso em 2004. O pivô da decisão seria uma matéria considerada agressiva por Lula, onde Rohter escrevia sobre o "hábito de bebericar do líder brasileiro" em torno de uma possível "preocupação nacional"
Diante da troca de farpas entre Lula e Jair Bolsonaro mirando a eleição de 2022, o jornalista citou a coluna do jornalista William Waack, do jornal Estado de S. Paulo. "É o tema de minha coluna da Revista Época, mas vou antecipar. Eu gostei muito da frase de William Waack. Ele disse que um confronto direto entre Lula e Bolsonaro seria um faroeste sem mocinhos. É isso mesmo", disse o comunicador americano.
Ele afirmou ainda que não há como comparar a situação do país na época em que foi correspondente do The New York Times com a perseguição na ditadura militar. "Muita gente esquece que eu também era correspondente no Brasil até 82. Peguei a ditadura militar e o estado democrático. Eu não diria que fui perseguido durante o governo Lula. Houve brigas, mas perseguição não. Perseguição foi a ditadura militar. Realmente foi campanha para intimidar jornalistas estrangeiros. No caso do governo Lula, o resultado final foi ótimo. Eu acabei ficando no país e o STF estabeleceu um princípio de que o jornalista estrangeiro tinha o mesmo direito de se expressar que o brasileiro", afirmou.
Para Larry Rohter, a relação de Bolsonaro com a imprensa diverge da posição de governos anteriores. "Nunca encontrei um governante que está satisfeito com o desempenho da imprensa. Mas a maioria dos governantes entende que é um papel legítimo e importante. Parece que Bolsonaro não entende isso. Para ele, qualquer crítica ou devassa é um ataque pessoal e ele responde com linguagem chula, insultos e ativa seus seguidores a intimidar as pessoas, os escritores e jornalistas. Cria um clima que não ajuda o fortalecimento da democracia", disse o jornalista.
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