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Política
R$ 490 milhões: Alba tem aumento de 11% no orçamento para 2016
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo (sem partido), não dá ponto sem nó. Após se queixar o ano inteiro aos quatro cantos de que a Casa precisava de suplementação financeira do Estado para não fechar de 2015 no perrengue, Nilo agiu na surdina e, no apagar das luzes do ano legislativo, conseguiu aumentar em 11% as despesas da nossa caríssima Assembleia. [Leia mais...]
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Foto: Tácio Moreira/Metropress
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo (sem partido), não dá ponto sem nó. Após se queixar o ano inteiro aos quatro cantos de que a Casa precisava de suplementação financeira do Estado para não fechar de 2015 no perrengue, Nilo agiu na surdina e, no apagar das luzes do ano legislativo, conseguiu aumentar em 11% as despesas da nossa caríssima Assembleia.
No último dia de votação do ano, Nilo aprovou — com o apoio dos deputados — uma gratificação de incentivo de 5% para servidores da AL-BA que tenham curso superior ou de especialização, mas ocupem cargos de nível médio. A Casa ainda aprovou a criação da Diretoria de Serviços Médico-Odontológicos e Assistência Social, com salário de R$ 7 mil para o chefe da nova diretoria.
Nilo ainda criou mais dois cargos ligados diretamente à assistência militar da presidência da Assembleia: ajudante de ordem da presidência e coordenador de segurança patrimonial. Calcula-se que os três novos cargos criados vão custar R$ 176 mil por ano aos cofres da Assembleia. Só para se ter uma idéia, o orçamento do Legislativo Estadual subiu de R$ 444 milhões em 2015 para R$ 490 milhões em 2016.
O projeto, aprovado na surdina, teve a dispensa das formalidades regimentais no plenário da Casa e entrou, facilmente, na ordem do dia para votação. Foi criada e assinada por toda a mesa diretora da Assembleia Legislativa, menos pelo deputado Leur Lomanto Júnior (PMDB), que não participou da reunião em que foi decidida a criação do projeto. Haja austeridade, hein, Marcelo Nilo?
Aumento “atende antiga reivindicação”, mas incentivo sai é do bolso do povo
De acordo com o Projeto de Resolução 2.405/2015, a medida “atende ainda a uma antiga reivindicação dos servidores do Grupo de Atividades de Nivel Médio, ao instituir para esta categoria o Incentivo Funcional, a exemplo do existente para o Grupo de Atividades de Nível Superior, estimulando-os a buscar o aperfeiçoamento profissional e, consequentemente, prestar um melhor serviço ao poder Legislativo”. E tudo isso sai do bolso da população.
“Eu fico feliz em a Assembleia Legislativa da Bahia ser a segunda mais austera do país. Não só eu, os deputados, os funcionários”, disse Marcelo Nilo em entrevista recente à Metrópole. Quem não fica feliz é o eleitor, cujo bolso fica ainda mais vazio.
Nilo viaja, e assembleia tem comando provisório
A reportagem do Jornal da Metrópole bem que tentou falar com Marcelo Nilo, mas ele está em recesso, viajando. Portanto, a Assembleia Legislativa está sob o comando do vice-presidente, deputado Adolfo Menezes (PSD), que só deve entregar o cargo no começo de 2016.
Menezes vai comandar os trabalhos da Casa durante a semana, inclusive a sessão solene que encerra o ano legislativo de 2015.
Além disso, ele vai encaminhar para sanção governamental os projetos de lei aprovados na sessão plenária do último dia 23.
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