Justiça
Advogado que se envolveu em confusão com juíza em fórum no Imbuí rebate AMAB
Em nota, OAB-BA destaca que não existe hierarquia entre magistrados e advogados
Foto: Divulgação/TJBA
O advogado Paulo Kleber Carneiro Carvalho Filho que se envolveu em uma confusão com a juíza Isabela Kruschewsky, titular da 32ª Vara dos Juizados Especiais e da 2ª Turma Recursal da Comarca de Salvador, após a realização de uma sessão de julgamento, no Fórum Regional do Imbuí, na capital baiana, nesta quinta-feira (7), rebateu o repúdio da Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB).
Segundo o criminalista, a magistrada foi quem iniciou os xingamentos. “Para que não esqueçamos, houve cometimento de crime por parte da magistrada, primeiro de difamação ao chamar de desonesto e perigoso, segundo de constrangimento ilegal, já que não permitiu o exercício do mister do advogado, previsto em lei federal. Além do crime de abuso de poder e autoridade promovido”, afirma.
Ainda de acordo com o advogado, a juíza e a AMAB “tentam, com palavras garbosas, e o ar de superioridade que lhes são peculiar, alterar a verdade dos fatos.
O fato é simples, e não há espaço para distorções: o advogado estava no exercício de sua função, perguntou e pediu a justificativa das juízas julgarem sempre contra os consumidores em casos de cessão de crédito, e a juíza o xingou”.
Na nota enviada à imprensa, ele afirma que “felizmente, só me exaltei no sentido de exigir que a juíza retirasse o que disse, pelo imenso absurdo de suas palavras, e que me respeitasse, salientando que deveria dobrar a língua antes de me chamar de perigoso e desonesto”.
Também por meio de nota, a Ordem dos Advogados do Brasil - Seção do Estado da Bahia (OAB-BA) informou que ciente da situação, a Comissão de Prerrogativas "se dirigiu ao local onde as partes se encontravam, objetivando o acompanhamento preventivo da situação, bem como instaurou procedimento para apurar todos os fatos relatados".
Ainda segundo a Ordem, será dado "andamento ao procedimento já instaurado e ao final adotará as medidas que forem cabíveis, sempre tendo como norte o compromisso com a defesa das prerrogativas, que são inegociáveis".
Por fim, a OAB-BA destaca que não existe hierarquia entre magistrados e advogados, “devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos”, com observância da ética profissional, sendo um posicionamento firme da organização ter uma relação harmônica com todas as instituições.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.