
Justiça
Servidores são afastados após fuga histórica de detentos
Detentos fugiram no dia 14 de fevereiro de 2024

Foto: Divulgação/Ministério da Justiça
O Ministério da Justiça afastou quatro servidores da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, após a fuga de dois detentos em 14 de fevereiro de 2024. A medida seguiu a abertura de três Procedimentos Administrativos Disciplinares (PAD) e duas Investigações Preliminares Sumárias (IPS). A investigação apontou falha grave: a falta de revistas nas celas por mais de 30 dias, permitindo que os presos escavassem um buraco na luminária para escapar.
Durante a operação, foram aplicados Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) a 17 servidores. Dois TACs foram aplicados após a conclusão de dois PADs, e quatro servidores foram suspensos por 30 dias. O terceiro PAD ainda está em andamento. O Ministério da Justiça reforçou que estas ações visam melhorar a segurança no sistema penitenciário federal.
A fuga aconteceu na madrugada de 14 de fevereiro, quando Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça escaparam pela luminária e cortaram uma cerca. Após 50 dias, eles foram localizados em Marabá (PA), a 1.600 km de Mossoró. Durante a fuga, usaram apoio de uma rede criminosa ligada ao Comando Vermelho.
Quatorze pessoas foram presas na operação subsequente. Entre os detidos, o mecânico Ronaildo Fernandes, que teria recebido R$ 5 mil para ajudar os fugitivos, foi detido. Ele alegou ser inocente, afirmando ter sido coagido. A Polícia Federal identificou que os fugitivos receberam auxílio durante o trajeto, que atravessou três estados.
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