Justiça
Após esclarecimentos, Moraes mantém validade do acordo de delação premiada de Mauro Cid
PF havia apontado omissões nos depoimentos do ex-ajudante de ordens
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a validade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, após um depoimento prestado por Cid nesta quinta-feira (21). A decisão ocorre após a Polícia Federal identificar contradições e omissões em seu depoimento anterior, especialmente em relação a mensagens trocadas com militares da reserva que sugeriam planos golpistas no final de 2022.
Cid, que foi ouvido por mais de duas horas pelo ministro, havia sido convocado a prestar novos esclarecimentos depois que um relatório da PF apontou incongruências no depoimento dado por ele na terça-feira (19). Durante a audiência, Cid foi defendido por seu advogado, Cezar Bittencourt, que garantiu que ele estava "tranquilo" e pronto para esclarecer os pontos questionados pela investigação.
"Após três horas de audiência, o ministro Alexandre de Moraes confirmou a validade da colaboração premiada de Mauro Cid. O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal. As informações do colaborador seguem sob apuração das autoridades competentes", informou o gabinete de Moraes.
A decisão de Moraes confirma a continuidade do acordo de colaboração premiada, firmado com a Polícia Federal em setembro de 2023. Apesar das críticas da Procuradoria-Geral da República (PGR) à delação, o STF decidiu pela manutenção do acordo, o que reforça a importância da colaboração de Cid nas investigações relacionadas a supostos planos de ataques a autoridades.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.