Justiça
Em depoimento ao STF, Chiquinho Brazão nega conhecer Ronnie Lessa
Chiquinho, Domingos Brazão, Rivaldo e mais dois réus serão ouvidos no processo
Foto: Reprodução/STF
O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) prestou depoimento nesta segunda-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF) na condição de réu na ação penal que trata do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018, no Rio de Janeiro. Ele negou envolvimento com Ronnie Lessa, ex-policial e assassino confesso do caso. Depois dos interrogatórios, acusação e defesa terão cinco dias para avaliar se vão pedir outras diligências relacionadas aos réus interrogados.
Questionado sobre a relação com Lessa, Chiquinho afirmou: “Nunca tive contato com Ronnie Lessa. Nenhum contato com ele. Não o conheço, com certeza”. À Polícia Federal, Lessa disse que Chiquinho e o irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, teriam oferecido a ele US$ 10 milhões em troca da morte da vereadora.
Durante o depoimento, Brazão ainda se emocionou e disse que tinha uma “boa relação” com Marielle. “Sempre foi minha amiga. Era uma vereadora muito amável, a gente sempre teve uma boa relação”. Ele está preso na penitenciária federal em Campo Grande e é apontado nas investigações como um dos mandantes do assassinato, de acordo com a delação de Lessa.
Além de Chiquinho, também são réus no STF o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, irmão de Chiquinho, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major da Policia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa e estão presos por determinação de Alexandre de Moraes.
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