Réu por assassinato de Marielle, Rivaldo Barbosa nega participação no crime: 'Não mato uma formiga'

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa prestou depoimento virtual nesta quinta-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Rivaldo está preso no presídio federal de Mossoró (RN) e é réu na ação penal que trata do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018, no Rio de Janeiro. Ele negou a participação no crime, dizendo que não é capaz de matar "uma formiga".

Rivaldo afirmou que conheceu Marielle quando virou chefe da Divisão de Homicídios, em 2012. Na época, ela era assessora do então deputado estadual Marcelo Freixo (hoje presidente da Embratur) na Comissão de Direito Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). De acordo com delegado, Marielle ajudava a intermediar o contato de familiares de pessoas mortas com a DH. Ele alegou ter "gratidão" pelo trabalho dela.

Ele ainda acrescentou que nunca falou com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, que são apontados como os mandantes do crime e também são réus. "Eu nunca tive nada (com eles)", afirmou. Rivaldo ainda ressaltou que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e aceita pelo STF, não aponta qual seria sua motivação para o crime.