Justiça
Anderson Torres depõe à PF sobre operação da PRF para obstruir eleições de 2022
Ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro vai prestar depoimento à PF nesta segunda-feira (14), às 14h
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres depõe nesta segunda-feira (14), à Polícia Federal, na investigação sobre a atuação da PRF (Polícia Rodoviária Federal) para dificultar o deslocamento de eleitores durante as eleições de 2022. A oitiva será realizada por videoconferência, a pedido da defesa de Torres, chefiada pelo advogado Eumar Novack.
Em agosto, a PF o indiciou junto ao ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, por atuarem em operação com o intuito de impedir que eleitores do candidato e atual presidente Lula (PT) chegassem aos locais de votação. A inferência ao representante do Executivo é porque a maior parte das blitze ocorreu na Região Nordeste, onde tinha mais votos. Assim, Torres é investigado por “impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio, prevaricação, condescendência criminosa e estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado”.
Torres era ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) na época dos fatos e, consequentemente, superior hierárquico da PRF. Em maio do ano passado, prestou o primeiro depoimento sobre o caso. Ele negou qualquer “determinação” para atuação conjunta da PF e PRF da Bahia, nos bloqueios em rodovias.
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