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Renovação expressiva e perda de força da oposição marcam mudanças na CMS para 2025
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Renovação expressiva e perda de força da oposição marcam mudanças na CMS para 2025
Com a entrada de 17 novos vereadores para a Legislatura 2025-2028, Câmara teve renovação de 39,53%
Foto: Divulgação/CMS
Reportagem publicada originalmente no Jornal Metropole em 10 de outubro de 2024
A eleição deste domingo (6) não trouxe apenas a reeleição de Bruno Reis (União) com 78%, mas também uma mudança significativa no perfil da Câmara Municipal de Salvador. Com a entrada de 17 novos vereadores para a Legislatura 2025-2028, a renovação, de 39,53%, chama atenção, especialmente em contraste com a permanência do prefeito no cargo.
Dos que concorriam à reeleição, 16 perderam suas cadeiras, abrindo caminho para novos nomes. Mesmo com essa mudança expressiva, a base se consolidou, ampliando de 32 para 33 o número de aliados entre os 43 vereadores. Enquanto isso, a oposição amargou perdas expressivas. Nomes do PT, como Arnando Lessa, Tiago Ferreira e Luiz Carlos Suíca, ficaram de fora. O PCdoB também sofreu com a derrota de Hélio Ferreira, deixando os rodoviários sem representação. A federação PV - PT - PCdoB, que antes contava com sete cadeiras, viu sua bancada reduzir para quatro. Entre os remanescentes, Marta Rodrigues, irmã do governador Jerônimo, se destaca como a única petista eleita.
Por outro lado, o PSOL conseguiu superar o PT e emplacar dois vereadores. O desempenho veio a reboque do melhor resultado da história do partido na capital: Kleber Rosa em segundo lugar na disputa pelo Thomé de Souza.
Novos Perfis
Entre os novos eleitos, Sandro Filho (PP) será, aos 19 anos, o vereador mais jovem no próximo mandato. Representando o Movimento Brasil Livre (MBL), ele se fortaleceu nas redes sociais, onde se apresenta como cristão e defensor de valores conservadores. O vereador mais votado neste pleito também é cara nova. Popular pela sua atuação divertida na TV, o repórter Jorge Araújo (PP) teve 36.065 votos.
Em termos de representatividade racial e de gênero, Salvador ainda enfrenta desafios. Embora seja a capital com a maior proporção de pessoas autodeclaradas pretas, apenas oito vereadores (18%) se identificam dessa forma. A representatividade feminina também ficou aquém do esperado, apenas nove são mulheres (20,9%), um cenário que segue em descompasso com a diversidade da cidade.
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