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Protagonistas no quesito reclamação, empresas concorrem a prêmio de piores do ano da Metropole

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Protagonistas no quesito reclamação, empresas concorrem a prêmio de piores do ano da Metropole

Durante anos, elas se esforçaram para liderar os rankings de reclamação, mau serviço prestado e prejuízo ao consumidor. Agora, serão reconhecidas pela Metropole com o prêmio às piores empresas da Bahia

Protagonistas no quesito reclamação, empresas concorrem a prêmio de piores do ano da Metropole

Foto: Metropress/Filipe Luiz/Dimitri Argolo Cerqueira/Gov-BA/JoaSouza/Divulgação

Por: Laisa Gama e Mariana Bamberg no dia 12 de setembro de 2024 às 09:22

Reportagem publicada originalmente no Jornal Metropole em 12 de setembro de 2024

Tem coisas que o tempo não muda. São permanentes e resistentes à força do calendário. Provavelmente, sua cabeça foi levada para temas mais românticos, como um amor de infância, o abraço de uma mãe ou até um talento. Mas talento mesmo têm algumas empresas no quesito acúmulo de queixas e performance negativa na prestação de serviço. E, para elas, essa habilidade sim é de estimação, é imutável. Pode vir o volume de queixas que for, de quem quer que seja, a qualquer momento, elas estarão lá gerando prejuízo e dor de cabeça ao consumidor.

Para reconhecer (e denunciar mais uma vez) o esforço dessas empresas que há anos parecem brigar pelo posto de pior prestadora de serviço do estado, o Grupo Metropole lança um prêmio para os destaques na categoria cacete armado, laranjada, serviço tabajara ou seja lá como o baiano quiser nomear. O nome da premiação, por sinal, ficará a cargo do ouvinte e leitor da Metropole, que poderá sugerir nos nossos canais de comunicação.

As concorrentes também poderão ser indicadas e votadas, mas um time seleto já se destaca protagonizando as reclamações diárias dos ouvintes da Metropole. Enquanto uma é capaz de fazer um caos de fios virar marca registrada de uma cidade como Salvador, a outra toma conta da porta de entrada da capital com uma espécie de tapete de buracos há mais de uma década. Na saúde, a briga também é feia para ver quem deixa mais na mão o beneficiário. Preparem a pipoca, o analgésico para dor de cabeça e escolha a sua preterida.

ViaBahia

Parece murro em ponta de faca, mas não tem jeito: a ViaBahia é o maior problema para quem precisa sair de Salvador. A BR-324, por exemplo, passou a ser chamada carinhosamente pelos moradores de BR-buracos. Deputados, secretários e ministros já se mobilizaram e nada parece mudar. A concessão já foi até motivo de mal-estar entre César Borges e Otto Alencar há 12 anos, e o cenário é o mesmo. Não é à toa que a rodovia foi uma das três com maior número de acidentes em território baiano no ano de 2023, segundo Confederação Nacional de Transporte (CNT). Só nos três primeiros dias desta semana, já foram pelo menos cinco registros. Se só os números decidissem, o troféu já teria dono.

Coelba

Nossa próxima concorrente também tem um grande feito: ela pode até não ter causado intrigas, mas é responsável por uma marca registrada das paisagens de uma cidade histórica como Salvador. A cada flash dos turistas e moradores, lá está o símbolo da Coelba: os postes com emaranhados de fios. E não é só isso, há ainda as queixas de quedas de energia, cobranças indevidas e por aí vai. No Procon-BA, ela já é líder em queixas com 689 reclamações só em 2023. E no prêmio da Metropole chega para disputar nas cabeças o troféu de pior empresa da Bahia.

HapVida

Falar de planos de saúde já é bem complicado, mas quando a conversa gira em torno do HapVida o buraco é mais embaixo. Frequentemente criticada pelos consumidores, a seguradora já foi alvo do Ministério Público da Bahia em uma ação civil pública por, acredite se quiser, falta de condições materiais, estruturais e sanitárias adequadas à execução dos serviços oferecidos. Neste ano, dois casos envolvendo o plano foram contados aqui no Jornal da Metropole. Pacientes do Teresa de Lisieux, hospital pertencente ao HapVida fizeram queixas ao atendimento e ainda relataram supostas negligências médicas. A concorrência aqui é pesada.

Acelen

Outra velha conhecida dos leitores, claro, dos motoristas de Salvador, a Acelen, braço energético do fundo Mubadala Capital, segue firme na corrida pelo prêmio. Afinal, não é qualquer empresa que pode se orgulhar de ter o controle da Refinaria de Mataripe, bater o pé e dizer que não seguirá a política de preços da Petrobras, e enfiar goela abaixo um dos combustíveis mais caros do país. Salvador, por exemplo, só fica atrás de capitais como Rio Branco, Manaus, Porto Velho e Palmas. Não podemos negar que a Acelen também tem se esforçado.

Ferry boat

Levante a mão quem nunca passou por algum perrengue ao recorrer ao Ferry boat para atravessar para a ilha de Itaparica. Pois é, poucas ficam abaixadas entre os frequentadores assíduos do transporte. Entre as principais reclamações dos usuários do serviço de travessia, administrado pela Internacional Travessias, estão a espera para embarque, as condições das embarcações e até mesmo a falta de limpeza. Em um serviço pago para ser bem feito, o mínimo esperado é que a limpeza e os banheiros estejam em perfeito uso, o que mostrou não ser feito da forma que deveria. Ao Repórter Metrópole, que foi pessoalmente conferir a qualidade do serviço, o público relatou insetos circulando em meio às embarcações e assentos defeituosos. Mesmo com todas as queixas, o valor do serviço continua aumentando. Em maio, o percentual das taxas teve uma alta de 2,9% nas tarifas.

A lista continua...

Esses são, por enquanto, os destaques na acirrada briga pelo prêmio de pior empresa na Bahia. Mas correm no páreo ainda Planserv, Unimed, a companhia aérea Tap e tantas outras que também não medem esforços quando o assunto é prestação de mau serviço e desrespeito ao consumidor. Até a entrega do troféu, no final do ano, muita coisa pode acontecer e infelizmente muitas queixas ainda estão por vir. Nunca duvidem da capacidade das nossas concorrentes. A votação para a escolhada campeã será aberta para o ouvinte e leitor da Metropole, assim como a escolha do nome do troféu.