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Sempre no pé de quem faz besteira: Jornal Metropole chega a sua 800ª edição
Depois de 800 edições, já dá pra dizer que o Jornal Metropole não é mais menino, mas ele ainda permanece com todo o gás de quando começou, da notícia ao pensamento crítico, dos artigos à piada
Foto: Metropress/Filipe Luiz
Reportagem publicada originalmente no Jornal Metropole em 23 de novembro de 2023
Em matéria de ousadia, pode-se dizer que o Grupo Metropole entende do negócio. A gente olha pra uma ideia que qualquer um acharia arriscada e se pergunta “por que não?” Foi assim, apostando em boas ideias, que fincamos a bandeira da inovação desde sempre e que decidimos, em julho de 2008, ampliar nossa voz através de um jornal impresso e gratuito que agora celebra 800 edições.
Mas pra contar a história do Jornal Metropole precisamos voltar um pouco no tempo e falar, ainda que rapidamente, da Revista Metropole. Lembra dela? A revista surgiu em 2007 e teve em sua primeira capa o ex-prefeito de Salvador, aquele, o tenebroso, numa montagem com um nariz de palhaço. “Salvador se afunda em caos, lixo e bagunça” era manchete de capa. O então prefeito (que não vamos nominar porque não precisa, e porque vai saber se não dá má sorte) se sentiu ofendido. Processou a rádio, mandou recolher as revistas, retirar os outdoors, proibiu de citar seu nome. A imprensa local, nacional e até internacional repercutiram a censura.
A capa do número 2 foi, é claro, “O prefeito mandou calar”. A revista foi assim em seus 17 números, ela tinha essa personalidade. Morreu em 2008 entalada em seu papel caro e com a mania de se dar de graça a desconhecidos. Reencarnaria no mesmo ano no Jornal Metropole, que não morreria mais entalado em papel caro porque papel de jornal é mais barato. Mas hoje, 800 edições de Jornal Metropole depois, podemos dizer que a alma continua a mesma.
Quem deu a direção foi o fundador e âncora do Grupo Metropole, Mário Kertész. “Nada do politicamente correto entra aqui”, disse ele na ocasião do lançamento. “Nós não temos nenhuma vontade de ficar nessa coisa hipócrita, mentirosa, que muita gente adora fazer. Não. E assumimos isso inclusive com os ônus e os bônus. Portanto eu me sinto hoje mais alegre, mais feliz de ver este novo projeto da Metropole chegar às ruas da cidade”.
Desde a primeira capa, “A chatice está nas ruas” (daquele mês de julho), que fazia alusão à campanha eleitoral que se aproximava, com seus carros de som estridentes enchendo nossa paciência, bandeiras e muros lotados de cartazes, o Jornal Metropole nunca deixou de pegar no pé de quem andasse fazendo besteira.
Lembram da campanha que fizemos em 2009 contra o poderoso cartel dos combustíveis? Infelizmente não deu resultado, mas a gente fez barulho. A capa daquela edição dizia que a máfia dos combustíveis ganhava fôlego redobrado com a cultura da impunidade no país e oferecia um litro de gasolina a quem conseguisse encontrar o combustível a menos de - que saudade - R$ 2,69.
Em maio de 2014, “Lista para boi dormir”. A famosa lista dos gastos da Assembleia Legislativa da Bahia que a Rádio Metropole pediu insistentemente e que demorou bastante a chegar. Vocês esqueceram? Nós não. Acreditam que fizemos uma capa só com notícias falsas num 1º de abril? Quem diria, precursores das fake news. Também não esquecemos as capas com denúncias de crimes ambientais, o dia a dia da cidade, as entrevistas, o contexto histórico e um pouquinho de galhofa, tudo com a nossa cara de pau costumeira.
Alguém poderia dizer que tudo isso é só audácia da juventude. Mas depois de 800 edições, já dá pra dizer que o Jornal Metropole não é mais menino. E assim, a cada semana, vamos da notícia ao pensamento crítico, dos artigos à piada, passando pelo bom e velho prego, que não nos deixa esquecer do que passa batido a olhos menos atentos. Mesmo que uns não queiram, chegamos pra ficar.
Ousadia pouca é bobagem
Ao longo dessas 800 edições a gente já teve algumas ideias, digamos, inusitadas. Por exemplo, um quadro que se chamava “Não vá, não leia, não ouça”. Basicamente neste quadro a gente citava lugares, livros, filmes ou discos, que poderiam ser evitados. Uma prestação de serviço de muito valor.
Outra página interessante era a”Que por** é essa?”, que assim, desse jeitinho meigo, questionava tudo que considerasse errado, desde uma denúncia em foto enviada por um leitor até uma daquelas homenagens que as casas legislativas distribuem a qualquer um. Saudades, inclusive. Tinha também a coluna Fucs-Fucs, trazendo algumas das perguntas feitas à Dra Gilda toda terça, e a coluna “Enchendo o saco”, cujo título é autoexplicativo. A “Pilha Pura”, #ProntoFalei e outras tantas.
A ideia sempre foi - e continua sendo - fugir da mesmice, do lugar comum, do óbvio, com liberdade pra criar e contestar. Do projeto gráfico às ideias que foram e seguem ocupando suas páginas, do papel jornal que depois de lido embrulha o peixe ao pdf que chega em segundos em seu whatsapp, o Jornal Metropole celebra suas 800 edições, já de olho no que está por vir. Avante!
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