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EUA autorizam uso de remdesivir nos pacientes hospitalizados com Covid-19

Internacional

EUA autorizam uso de remdesivir nos pacientes hospitalizados com Covid-19

Medicamento antiviral será usado de maneira emergencial, com distribuição controlada

EUA autorizam uso de remdesivir nos pacientes hospitalizados com Covid-19

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Por: Juliana Rodrigues no dia 01 de maio de 2020 às 18:39

A FDA (Administração de Drogas e Remédios, na sigla em inglês) dos Estados Unidos autorizou a farmacêutica Gilead a utilizar o medicamento remdesivir no tratamento de pacientes com a Covid-19. O anúncio foi feito pelo presidente Donald Trump na tarde de hoje (1º), e a autorização vale para uso emergencial. A informação é da CNN.

A FDA afirmou que é "razoável" acreditar que os benefícios do medicamento, um antiviral experimental de amplo espectro, superam os riscos para o tratamento de pacientes hospitalizados com casos graves de COVID-19. Um dos benefícios esperados é que o medicamento reduza o tempo de internação dos pacientes, o que vai contribuir para evitar o colapso do sistema de saúde.

O vice-presidente Mike Pence anunciou que um milhão de doses serão distribuídas a hospitais americanos a partir de segunda (4).

Mesmo com a liberação, a FDA estabeleceu algumas condições. A distribuição será controlada pelo governo, sendo que a farmacêutica deverá abastecer distribuidores autorizados ou as próprias agências governamentais, que serão responsáveis por distribuir o medicamento a hospitais ou outras instituições de saúde.

A agência também determina que o medicamento só possa ser usado para tratar adultos e crianças com diagnóstico confirmado para Covid-19 e estejam com complicações graves, requerendo respiração mecânica.

Em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que está em contato com a farmacêutica Gilead "a fim de acompanhar a evolução dos estados em andamento para o medicamento". Segundo o órgão regulador, mesmo que os resultados observados sejam "encorajadores", os dados ainda são limitados. Até o momento, ainda não há pedido de registro do medicamento no país. "Caso o benefício do medicamento se comprove, a Anvisa possui mecanismos, como anuência de uso em programa assistencial e priorização de registro, para garantir o acesso célere do medicamento à população", diz o comunicado.