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Tribunal de Londres define datas para segunda fase do processo da tragédia de Mariana
Internacional
Tribunal de Londres define datas para segunda fase do processo da tragédia de Mariana
Audiências ocorrerão em julho de 2025 para tratar dos danos e indenizações; sentença sobre a responsabilidade da mineradora deve ser anunciada em breve

Foto: Corpo de Bombeiros
O Tribunal Superior de Londres, na Inglaterra, agendou para os dias 2 e 3 de julho de 2025 as audiências que definirão os próximos passos da segunda fase do processo relacionado à tragédia de Mariana. O julgamento, que teve sua fase inicial concluída em 13 de março de 2025, envolve a mineradora BHP Billiton, controladora da Samarco, responsável pelo rompimento da barragem de Fundão em 5 de novembro de 2015.
Diversas comunidades, municípios, igrejas e empresas estão exigindo mais de R$ 260 bilhões em indenizações da BHP Billiton. O escritório Pogust Goodhead, que representa os atingidos, informou que as próximas audiências tratarão dos danos e indenizações causados pelo colapso da barragem. "A CMC de julho servirá para acordar a organização do segundo julgamento, seu escopo e formato, bem como cronograma, prazos para entrega de documentos, provas testemunhais e periciais [...] O agendamento da audiência ainda para o primeiro semestre de 2025 — e antes mesmo da sentença sobre a responsabilidade da mineradora — é mais uma demonstração da agilidade e prioridade que a corte inglesa tem dado ao caso Mariana", declarou o escritório.
A primeira fase do julgamento teve início em outubro de 2024 e foi finalizada com as alegações finais em março de 2025. A juíza Finola O'Farrell deve anunciar uma sentença nos próximos meses. Se a BHP Billiton for responsabilizada, uma nova fase será iniciada para definir os danos e o valor a ser pago.
A segunda fase está prevista para começar em outubro de 2026 e abordará temas como os princípios legais brasileiros para avaliar e quantificar perdas, a extensão física do desastre, incluindo a toxicidade dos rejeitos e as áreas afetadas, além da quantificação das indenizações por perdas de água, energia e danos morais coletivos.
Caso a sentença seja favorável aos atingidos e não haja um acordo, o CEO do escritório, Tom Goodhead, afirmou que solicitará à Justiça inglesa o pagamento provisório para os clientes enquanto o processo continua. No caso da cidade de Mariana, por exemplo, seria pleiteada uma antecipação de ao menos R$ 1,2 bilhão.
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