Presidente da Bélgica pressiona o papa Francisco sobre casos de abuso sexual do clero católico

Durante a viagem do papa Francisco à Bélgica, nesta sexta-feira (27), o rei e o primeiro-ministro do país pressionaram o papa para que tome medidas mais concretas para lidar com o abuso sexual por parte do clero católico. A informação é da Agência Reuters.

Documentários e uma investigação parlamentar revelaram o histórico de abuso sexual clerical, ofuscando a viagem de Francisco à Bélgica, que celebraria o 600º aniversário de duas universidades católicas. O rei Philippe disse a Francisco que a Igreja havia demorado "tempo demais" para lidar com os escândalos. Desde 2012, mais de 700 denúncias de abuso foram registradas na Bélgica, segundo um relatório da Igreja.

Na reunião com políticos no castelo real de Laeken, em Bruxelas, Francisco buscou assegurar que a Igreja Católica está lidando com a questão dos abusos. Embora não tenha mencionado casos específicos na Bélgica, o pontífice de 87 anos comentou sobre o comportamento do clero.  "Refiro-me aos trágicos casos de abuso infantil, que é um flagelo que a igreja está enfrentando com firmeza e determinação (...) implementando um programa de prevenção em todo o mundo", afirmou o papa. O pontífice acrescentou que a Igreja precisa "se envergonhar e pedir perdão" pelo abuso de menores, que ele chamou de crime.