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Carta descoberta no Vaticano sugere que papa Pio XII foi alertado sobre Holocausto por jesuíta alemão
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Carta descoberta no Vaticano sugere que papa Pio XII foi alertado sobre Holocausto por jesuíta alemão
Documento foi escrito em 1942 e informava que 6 mil pessoas, principalmente judeus e poloneses, eram mortas por dia em campo de concentração
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Foto: Reprodução Vatican News
Uma carta encontrada entre os documentos privados do papa Pio XII sugere que a Santa Sé - jurisdição eclesiástica da Igreja Católica em Roma - foi informada sobre o holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.
A carta datada de 14 de dezembro de 1942, escrita pelo padre Lother Koenig, um jesuíta que fez parte da resistência antinazista na Alemanha, diz que cerca de 6 mil pessoas, “sobretudo poloneses e judeus”, eram mortas em fornalhas todos os dias em Belzec, um campo de extermínio nazista na Polônia.
O registro foi tornado público com o apoio de um funcionário do Vaticano e reproduzido no último domingo (17) no jornal italiano Corriere della Sera. O arquivista do Vaticano, Giovanni Coco, disse ao Corriere que a importância da carta é “enorme, um caso único” porque mostrava que o Vaticano tinha informações de que os campos de trabalho eram, na verdade, fábricas de morte.
O documento também fazia referência a dois outros campos nazistas: Auschwitz e Dachau, e foi dirigido ao secretário pessoal do papa no Vaticano, padre Robert Leiber, também alemão. O texto sugeria que havia outras cartas entre Koenig e Leiber que desapareceram ou ainda não foram encontradas.
A carta é um dos documentos mais reveladores desde que o papa Francisco ordenou a abertura dos arquivos de Pio XII em 2019, dizendo que “a Igreja não tem medo da história”. O Vaticano não respondeu aos pedidos de comentários feitos por pesquisadores, o Corriere della Sera e o The New York Times.
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