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Empresário diz que Victor Ramos foi procurado para manipular jogos, mas negou proposta

Esportes

Empresário diz que Victor Ramos foi procurado para manipular jogos, mas negou proposta

Ministério Público de Goiás cumpriu mandado de busca e apreensão contra o zagueiro da Chapecoense nesta terça (18)

Empresário diz que Victor Ramos foi procurado para manipular jogos, mas negou proposta

Foto: Júlia Galvão/ACF

Por: Marina Aragão no dia 18 de abril de 2023 às 18:48

Atualizado: no dia 19 de abril de 2023 às 08:23

O zagueiro da Chapecoense Victor Ramos teve o nome vinculado a um suposto esquema de manipulação de resultados nesta terça-feira (18), após operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Lucas Reis, empresário do zagueiro, afirmou que o jogador foi procurado para fazer parte do plano, mas negou qualquer envolvimento do atleta no caso. 

“Ele [Victor] recebeu uma ligação de São Paulo. Um homem ofereceu um valor para que ele tomasse cartão, e ele disse que não ia fazer porque não iria se prejudicar por dinheiro”, disse ao Metro1. Segundo o empresário, o suspeito - desconhecido do jogador - garantiu que transferiria o dinheiro logo em seguida, caso o atleta aceitasse a oferta.

Após o mandado de busca e apreensão ter sido cumprido pelo MP-GO, Reis afirmou que a data do depoimento de Victor já foi marcada, mas preferiu não divulgá-la. Segundo ele, apenas o celular do zagueiro foi apreendido pelas autoridades. “Sabemos que houve a procura para ter essa situação, mas Victor não aceitou, não recebeu valor nenhum. Eles podem verificar qualquer tipo de conta, não tinha conversa [no celular], ele está muito tranquilo”, disse.

O empresário acrescentou que o atleta da Chapecoense treinou normalmente nesta terça.

Entenda o caso

O MP-GO deflagrou a parte dois da Operação Penalidade Máxima, que investiga manipulação de resultados na série A do Campeonato Brasileiro do ano passado e em competições estaduais. De acordo com o órgão, há suspeitas de que os envolvidos tenham atuado em pelo menos 5 jogos da Série A do Campeonato Brasileiro do ano passado e em cinco partidas de campeonatos estaduais, entre eles, goiano, gaúcho, mato-grossense e paulista.

De acordo com o órgão, os suspeitos cooptavam jogadores, com ofertas que variavam entre R$ 50 mil a R$ 100 mil, para que eles praticassem lances específicos dentro de campo. Com os resultados previamente combinados, os apostadores tinham lucros altos em sites de casas esportivas - em suas próprias contas ou utilizando laranjas. 

O MP-GO, em parceria com autoridades de outros estados, está realizando a operação para cumprir três mandados de prisão preventiva e mais 20 mandados de busca e apreensão. A investigação abrange seis estados e 16 cidades.