Esportes
Empresário diz que Victor Ramos foi procurado para manipular jogos, mas negou proposta
Ministério Público de Goiás cumpriu mandado de busca e apreensão contra o zagueiro da Chapecoense nesta terça (18)
Foto: Júlia Galvão/ACF
O zagueiro da Chapecoense Victor Ramos teve o nome vinculado a um suposto esquema de manipulação de resultados nesta terça-feira (18), após operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Lucas Reis, empresário do zagueiro, afirmou que o jogador foi procurado para fazer parte do plano, mas negou qualquer envolvimento do atleta no caso.
“Ele [Victor] recebeu uma ligação de São Paulo. Um homem ofereceu um valor para que ele tomasse cartão, e ele disse que não ia fazer porque não iria se prejudicar por dinheiro”, disse ao Metro1. Segundo o empresário, o suspeito - desconhecido do jogador - garantiu que transferiria o dinheiro logo em seguida, caso o atleta aceitasse a oferta.
Após o mandado de busca e apreensão ter sido cumprido pelo MP-GO, Reis afirmou que a data do depoimento de Victor já foi marcada, mas preferiu não divulgá-la. Segundo ele, apenas o celular do zagueiro foi apreendido pelas autoridades. “Sabemos que houve a procura para ter essa situação, mas Victor não aceitou, não recebeu valor nenhum. Eles podem verificar qualquer tipo de conta, não tinha conversa [no celular], ele está muito tranquilo”, disse.
O empresário acrescentou que o atleta da Chapecoense treinou normalmente nesta terça.
Entenda o caso
O MP-GO deflagrou a parte dois da Operação Penalidade Máxima, que investiga manipulação de resultados na série A do Campeonato Brasileiro do ano passado e em competições estaduais. De acordo com o órgão, há suspeitas de que os envolvidos tenham atuado em pelo menos 5 jogos da Série A do Campeonato Brasileiro do ano passado e em cinco partidas de campeonatos estaduais, entre eles, goiano, gaúcho, mato-grossense e paulista.
De acordo com o órgão, os suspeitos cooptavam jogadores, com ofertas que variavam entre R$ 50 mil a R$ 100 mil, para que eles praticassem lances específicos dentro de campo. Com os resultados previamente combinados, os apostadores tinham lucros altos em sites de casas esportivas - em suas próprias contas ou utilizando laranjas.
O MP-GO, em parceria com autoridades de outros estados, está realizando a operação para cumprir três mandados de prisão preventiva e mais 20 mandados de busca e apreensão. A investigação abrange seis estados e 16 cidades.
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