Economia
Líder dos caminhoneiros rejeita "esmola" de Bolsonaro e diz que greve deve ocorrer
Presidente prometeu benefício de R$ 400 mensais para compensar o aumento do diesel
Foto: Arquivo / Agência Brasil
Caminhoneiros afirmam que grave anunciada para o dia 1ª de novembro está mantida caso o governo não faça algo para atender o segmento. Em entrevista ao portal UOL, Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), disse que iniciativa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de oferecer R$ 400 aos caminhoneiros como forma de ajudar a categoria em meio à alta dos combustíveis "não é uma boa notícia porque fundamentalmente ele não ataca a causa do problema", mas sim um "efeito colateral".
"R$ 400 reais foi o que disse o companheiro Chorão e os imensos companheiros espalhados pelos pais: caminhoneiro não quer esmola. Caminhoneiro quer dignidade e dignidade significa discutir o maior insumo na planilha de custo do caminhoneiro, que representa em qualquer frete, 50% daquilo que se ganha", disse Dahmer.
O diretor da CNTTL explicou que a greve dos caminhoneiros não é uma pauta política a favor ou contra o governo Bolsonaro, inclusive, para ele, "defender a Petrobras é defender o povo brasileiro". "Fortalecer a indústria de base através do petróleo é fortalecer a cadeia nacional."
Dahmer declarou que os caminhoneiros estão trabalhando abaixo do seu custo, sem nenhuma solução, portanto, "não há outra alternativa" se não a greve para cobrar uma "negociação que atenda aos interesses da categoria". Ele definiu a greve como um "último recurso e medida" para a categoria ser ouvida.
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