
Cultura
Xangai: 'Não sou artista, sou arteiro; não sou cantor, sou cantador'
Músico baiano conta quais suas principais influências na cultura nordestina e brasileira

Foto: Metropress
O cantor, compositor e violeiro baiano Xangai foi entrevistado por Mário Kertész e Malu Fontes durante o Jornal da Metrópole no Ar da Rádio Metrópole nesta quinta-feira (10) e falou sobre as principais influências que teve na carreira. Baiano de Itapebi, no extremo sul da Bahia, ele citou o poeta e repentista Bule-Bule como um dos principais nomes da cultura do Brasil. "Bule-Bule é um dos maiores artista que existem nesse país. Ele é de uma versatilidade, dignidade e talento fantásticos", disse o músico, que também elogiou nomes da nova geração como Hebert Viana e Chico César.
Xangai também falou ser abençoado com tanta cultura e que sempre se espelhou em grandes nomes do país para performar suas canções. "Não posso me queixar de ser órfão cultura. Na fonte que bebi, os regadores dessa fonte, eu cito rapidamente João do Vale, Capiba, Cayenne, Cartola, Lupicínio Rodrigues, Adoniran Barbosa e Tião Carreiro. Só os mestres", afirma.
"A água da fonte está sempre limpa. Isso trouxe para mim a ética e o compromisso de fazer sempre o melhor. Eu busco ter em mim uma coisa chamada filtro, como se fosse coar um café. Se o coador está furado, passa borra. No meu, esse coador que eu tenho, não passa borra nenhuma. Só canto coisa boa", acrescentou Xangai.
"Eu não sou artista, sou arteiro, que nem o artesão. Não sou cantor, sou cantador. Por isso tenho a condição e o direito de ser esse filtro", finalizou.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.