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'Ativismo não me comove, pacifismo tampouco', diz Lulu Santos sobre causa LGBT

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'Ativismo não me comove, pacifismo tampouco', diz Lulu Santos sobre causa LGBT

Lançando o disco "Pra Sempre", o cantor revelou que todas as composições são inspiradas em seu relacionamento com o baiano Clebson Teixeira

'Ativismo não me comove, pacifismo tampouco', diz Lulu Santos sobre causa LGBT

Foto: Divulgação

Por: James Martins no dia 24 de maio de 2019 às 11:01

O novo disco de Lulu Santos, "Pra Sempre", é inteiramente inspirado por e dedicado a Clebson Teixeira, seu namorado. Com 11 faixas, o álbum conta a história de amor do casal. "O disco descreve da primeira canção à última esse passo a passo do envolvimento. Por isso, ele é intensamente romântico. O disco é para Clebson Teixeira", declarou o cantor e compositor em entrevista ao "Estadão".

Até mesmo a versão de "The Look of Love" (Burt Bacharach/Hal David) está ali por causa do baiano, analista de sistemas, de 27 anos. "É sobre uma visita que a gente fez a Inhotim, onde tem uma obra, é um pavilhão circular fechado: você entra por uma porta, ele é todo forrado de espelhos e toca The Look of Love. E o que aconteceu é que eu nunca tinha sido tirado para dançar. Fui tirado dentro da instalação, ao som dessa canção. Foi lindo", explicou Lulu.

Notadamente apaixonado, o artista falou ainda sobre a repercussão do relacionamento nas redes sociais, que também gerou música. "Como uma resposta a quem se incomodar. 'Não vou me lixar/Pro que possam dizer/Julgue quem julgar/Se roa a quem roer' [cita trecho da canção 'Lava']. Não entro em discussão, é perda de tempo e energia. (...) Você não pode dialogar com um conceito como a homofobia. Não tem conversa", disse, enfatizando, porém, que as manifestações carinhosas superam e muito as discriminatórias.

Questionado sobre as cobranças para que carregue a bandeira da causa LGBT, Lulu Santos concluiu: "Não me compete, porque ativismo não me comove, pacifismo tampouco. E, ao mesmo tempo, apenas tomando as atitudes que a gente tomou já é tanto ativismo, porque o que a gente fez não foi para dentro do gueto, foi no seio da sociedade, não foi pregar para convertido. Foi apenas vivenciar o amor".