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Prestes a fazer 40 anos, filme 'A Hora da Estrela' é restaurado e volta aos cinemas

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Prestes a fazer 40 anos, filme 'A Hora da Estrela' é restaurado e volta aos cinemas

O longa de Suzana Amaral conquistou 10 prêmios no Festival de Brasília, incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz

Prestes a fazer 40 anos, filme 'A Hora da Estrela' é restaurado e volta aos cinemas

Foto: Divulgação

Por: James Martins no dia 17 de maio de 2024 às 08:25

Atualizado: no dia 17 de maio de 2024 às 09:03

"A Hora da Estrela", não o livro, mas o filme de Suzana Amaral baseado no clássico de Clarice Lispector, lançado há quase 40 anos, em 1985, voltou aos cinemas, nesta quinta-feira (17), em cópia restaurada. O longa, estrelado pela então estreante Marcela Cartaxo, conquistou 10 prêmios no Festival de Brasília de 85, entre os quais de Melhor Filme e Melhor Atriz. Em 86, foi eleito Melhor Filme do Festival de Havana e o Festival de Berlim deu à paraibana o Urso de Prata de Melhor Atriz.

Em Salvador, o filme digitalizado por ser assistido no Cine Glauber Rocha (Praça Castro Alves). 

A obra é também o primeiro filme desse porte dirigido por Suzana, que àquela altura já tinha mais de 50 anos, 9 filhos, e, entre outras atividades, realizou documentários para a TV Cultura. Ela descobriu a atriz assistindo ao espetáculo teatral "Beiço de Estrada", apresentado por um grupo de Cajazeiras, cidade do sertão da Paraíba.

Suzana Amaral morreu em 2020, sem gozar do devido reconhecimento.

No romance, lançado em 1977, o narrador é um homem carioca de classe média, Rodrigo S.M., que conta a história da pobre nordestina Macabéa. Já na versão cinematográfica, o protagonismo está todo na personagem, datilógrafa, nordestina, semi-letrada, 19 anos, recém-chegada ao Rio de Janeiro e solitária até que começa a namorar o sonhador Olímpico (José Dumont). O encontro com a cartomante Madame Carlota (Fernanda Montenegro) enche Macabéa de esperanças.

A restauração de "A Hora da Estrela" faz parte do projeto Sessão Vitrine Petrobras, que tem se destacado por levar às salas destaques da produção brasileira recente e obras já consideradas clássicas da cinematografia nacional. O trabalho de digitalização durou 6 meses: de dezembro de 2023 até maio deste ano.