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"Cantor baiano tem dendê", diz maestro Aldo Brizzi sobre "Ópera dos Terreiros"

Cultura

"Cantor baiano tem dendê", diz maestro Aldo Brizzi sobre "Ópera dos Terreiros"

O espetáculo estreará curta temporada, no Espaço Cultural da Barroquinha, a partir do dia 20

"Cantor baiano tem dendê", diz maestro Aldo Brizzi sobre "Ópera dos Terreiros"

Foto: Mario Quadros / Divulgação

Por: James Martins no dia 18 de outubro de 2023 às 09:01

A "Ópera dos Terreiros", de Aldo Brizzi e Jorge Portugal, será apresentada em curta temporada no Espaço Cultural da Barroquinha, nos dias 20, 21, 23, 24 e 25 de outubro, sempre às 19h, como parte da ocupação artística "Salvador em Ópera", que irá dinamizar e transformar seis espaços culturais geridos pela Fundação Gregório de Mattos.    

O Metro1 assistiu com exclusividade o ensaio desta terça (17) e conversou com o maestro Aldo Brizzi. A respeito do lugar da "Ópera dos Terreiros" no rol das chamadas "óperas negras", que engloba obras como "Porggy and Bess", "Treemonisha" e "Lídia de Oxum", por exemplo, ele disse: "A gente não quis fazer uma ópera negra. A gente quis fazer uma ópera... e surgiu a ópera negra, porque na Bahia há que fazer o quê? Não vai sair uma ópera finlandesa (risos)".

"Com os cantores que temos aqui, com o dendê que eles têm, que os cantores de São Paulo nem sonham, com os atabaques que temos, com o coro que sabe se mover em cena de uma forma que parece coregrafada, mas com uma naturalidade incrível, com esse potencial que só a Bahia tem, se pode fazer coisas que depois certamente podem ir para o mundo, mas onde o exemplo, o Big Bang vai ser aqui", completou.

Realização do Núcleo de Ópera da Bahia (NOP), a "Ópera dos Terreiros" na Barroquinha será filmada por três cineastas franceses para ser exibida em 2024 na TV francesa. O ensaio geral, nesta quinta (19), será aberto ao público e a estudantes da rede pública.

Combinando música eletrônica e percussão, o espetáculo conta a história de amor entre um negro banto e uma negra nagô - Um Romeu e Julieta na história dos negros que vieram escravizados para a conturbada construção do Brasil – um amor proibido, devido às diferenças de crenças e costumes entre essas duas nações africanas.  

Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia) e podem ser comprados no Sympla.