Cultura
Balé Folclórico da Bahia lança Festival e volta aos palcos em abril
O Festival Balé Folclórico da Bahia terá uma ampla programação socioeducativa, além de coreografias inéditas, exposição interativa e estreia mundial
Foto: Divulgação
A volta por cima. Depois de mais de dois anos sem se apresentar e de quase encerrar definitivamente suas atividades, a companhia anunciou o lançamento do Festival Balé Folclórico da Bahia em coletiva para a imprensa, realizada no dia 6 de abril, no Hotel Fasano Salvador. Além de shows e exposição, o festival, que acontece entre os meses de abril e novembro deste ano, inclui uma ampla programação socioeducativa com oficinas gratuitas em dez comunidades de Salvador e Lauro de Freitas. O Festival conta com o estimulo da Lei Federal de Incentivo à Cultura e tem os patrocínios do Banco Votorantim e do Instituto Cultural Vale.
Considerado um dos principais embaixadores culturais do Brasil no mundo, o grupo de dança afro-brasileira que já se apresentou em mais de vinte países, quase encerrou suas atividades definitivamente durante a pandemia. A companhia contou com a ajuda de artistas, admiradores e da população através de uma vaquinha virtual, para se manter nos dois últimos anos. “Agora, graças a Lei de Incentivo, ao patrocínio da iniciativa privada e a inúmeros apoios, o Balé Folclórico da Bahia volta com uma programação extensa, robusta, que contempla da formação do seu novo corpo de baile a uma estreia mundial prevista para novembro, no TCA”, declara Walson Botelho, mais conhecido como Vavá Botelho, fundador e diretor geral da companhia.
Oficinas - As oficinas de dança afro-brasileira e percussão serão realizadas em dez comunidades de baixa renda de Salvador e em Lauro de Freitas com o objetivo de levar o trabalho do BFB aos jovens que não têm oportunidade de ter uma formação artística. “A companhia tem no seu DNA a vocação para o trabalho social, nos 34 anos do Balé já formamos mais de 700 bailarinos, a maioria deles oriundos de comunidades de baixa renda. Muitos bailarinos, que aprenderam os primeiros passos de dança no Balé Folclórico da Bahia, ganharam o mundo e hoje brilham em companhias internacionais em vários países da Europa e nos EUA”, declara Vavá Botelho. “Além do trabalho artístico, temos uma função social”, afirma.
Além do aprendizado, os participantes das oficinas terão também a oportunidade de participar de audições para integrar o Balé Folclórico da Bahia. “A partir dessas oficinas vamos também identificar talentos, que podem compor o novo corpo de baile da companhia”, explica o diretor do Balé.
As inscrições para as oficinas são gratuitas e para participar é preciso ter no mínimo 16 anos de idade e preencher a ficha de inscrição https://forms.gle/bJqyaKFfpCvz1Y5x8. Não é preciso ter formação prévia em dança ou percussão. Cada oficina tem duração de seis dias e as aulas acontecem de segunda-feira a sábado (segunda a sexta das 18h às 21h e no sábado das 14 às 17h).
Programação: O início das oficinas de dança afro-brasileira e percussão no dia 18/4 com finalização no dia 18/6:
- Pelourinho – Teatro Miguel Santana – 18 a 23/04
- Bairro da Paz – Programa Avançar – 25 a 30/04
- Cajazeiras – Boca de Brasa Cajazeiras – 02 a 07/05
- Lauro de Freitas – Centro Cultural Lauro de Freitas – 9 a 14/05
- Ribeira – Mercado Iaô – 9 a 14/05
- Garcia – Colégio Edgar Santos – 16 a 21/05
- Plataforma – Teatro de Plataforma – 23 a 28/05
- Vista Alegre – Subúrbio 360º – 30/05 a 4/06
- Abaeté – Malê Debalê – 6 a 11/06
- Liberdade – Ilê Aiyê – 13 a 18/06
Volta aos palcos - A volta do Balé Folclórico da Bahia (BFB) ao palco do Teatro Miguel Santana, sede da companhia no Pelourinho, acontece no dia 25 de abril, às 19 horas, com uma apresentação especial para convidados. As apresentações para o público pagante voltam a acontecer a partir do dia 29 de abril, às 19h.
“Neste primeiro momento o Balé fará apresentações três dias da semana, às segundas, quartas e sextas, às 19h, como uma forma de testar esse novo momento pós pandemia, quando o fluxo de turistas na cidade ainda caminha a passos curtos. Com o passar do tempo e a depender das mudanças que ocorram no mercado turístico, o BFB aumentará os dias de apresentação até voltar ao antigo esquema de espetáculos diários”, esclarece Vavá Botelho.
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