Inscreva-se no Programa de bolsa e treinamento para estagiários em comunicação na Metropole>>

Terça-feira, 22 de abril de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Cidade

/

Após acusações contra Cátia Raulino, Ufba vai refazer bancas que ela participou

Cidade

Após acusações contra Cátia Raulino, Ufba vai refazer bancas que ela participou

A Ufba vai convocar o suplente e refazer as atividades. A faculdade não soube precisar, no entanto, quantas bancas Cátia participou e informou que não emitirá nota sobre o tema

Após acusações contra Cátia Raulino, Ufba vai refazer bancas que ela participou

Foto: Divulgação

Por: João Brandão / Alexandre Galvão no dia 03 de setembro de 2020 às 18:45

A Universidade Federal da Bahia (Ufba) decidiu refazer todas as bancas que a suposta jurista Cátia Raulino participou, conforme confirmado pela própria instituição ao Metro1. Ela é alvo de um inquérito que apura suposto plágio contra alunas e a falsificação de títulos.

A Ufba vai convocar o suplente e refazer as atividades. A faculdade não soube precisar, no entanto, quantas bancas Cátia participou e informou que não emitirá nota sobre o tema. A Universidade Salvador (Unifacs), do grupo Laureate, outra unidade de ensino envolvida, disse que vai manter o mesmo posicionamento de antes, de não comentar dados sobre profissionais que não integram o quadro de colaboradores da instituição. Já a UniRuy (antiga Faculdade Ruy Barbosa), do grupo Wyden, até a publicação desta matéria não se posicionou sobre o assunto.

A suposta jurista não apresentou nenhum diploma que comprove suas titularidades acadêmicas à polícia. No dia 26 de agosto Cátia prestou depoimento no âmbito do inquérito policial, e entregou somente “encartes de palestras” para demonstrar que nunca se apresentou como advogada, e documentos sobre a acusação de plágio. Para o delegado, os documentos não refutaram a acusação das alunas, no entanto, ainda estão em análise.

À suposta parecerista, foi dado o prazo de cinco dias para encaminhar à delegacia registros das formações que ela diz ter. 

Nas redes sociais, Cátia Raulino se apresentava como doutora, mestra e bacharel em direito. ACM Santos diz que a investigação procura a confirmação, ou não, das titularidades junto as instituições em que ela afirma ter às obtido.

Na plataforma Lattes Cátia Regina Raulino dizia ter feito graduação em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), mestra pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc) e doutora pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Procuradas pelo Metro1, as instituições negaram as titulações de Cátia. 

Após a primeira publicação sobre o caso no Metro1, a investigada editou as referências da sua página no Lattes e desativou sua conta nas redes sociais, onde vendia cursos sobre “otimizar” a carreira jurídica. 

Leia mais: 

>> MP recebe mais uma denúncia de plágio contra Cátia Raulino; ex-aluno pede ressarcimento 
>>Após prazo dado por delegado, Cátia Raulino não apresenta diplomas
>> Advogado processa Cátia Raulino por estelionato e denuncia racismo por universidade
>> Suposta jurista também se passou por representante da Câmara Chinesa de Comércio
>> Acusada de falsa titulação, Cátia Raulino pode ter de pagar indenização a instituições e alunos
>> Cátia Raulino vai depor na quarta-feira, afirma advogado
>> Cátia Raulino não é encontrada por Polícia Civil: ‘Ela evaporou’, diz delegado do caso
>> MP pede abertura de inquérito contra suposta jurista acusada de exercício ilegal e plágio
>> Cátia Raulino: Universidades baianas que contrataram ‘professora’ se esquivam de responsabilidade
>> Acusada de plágio por alunas, suposta jurista coordenou curso e deu aula como doutora em Salvador
>> Caso Cátia Raulino: suposta jurista apresentou ‘diplomas’ a faculdade de Alagoinhas
>> Ministério Público já recebeu seis denúncias contra Cátia Raulino