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Projeto da prefeitura põe em risco mais de 100.000 m² de área verde em Salvador

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Projeto da prefeitura põe em risco mais de 100.000 m² de área verde em Salvador

Deputado federal Bacelar pediu, por meio de ofício, que gestão municipal reconsidere proposta para preservar área verde da capital baiana

Projeto da prefeitura põe em risco mais de 100.000 m² de área verde em Salvador

Foto: Danilo Puridade/Metropress

Por: Rodrigo Daniel Silva no dia 16 de dezembro de 2023 às 11:05

Atualizado: no dia 16 de dezembro de 2023 às 18:12

Um projeto enviado pela prefeitura de Salvador à Câmara de Vereadores põe em risco 17 áreas verdes da capital baiana, totalizando uma extensão de 111.841 m². A votação da proposta pode ocorrer antes do recesso parlamentar deste mês de dezembro.

Segundo a proposta obtida pelo Metro1, a região com a maior extensão de área verde que a administração planeja alienar está localizada em Stella Maris, totalizando 33.942,29 m². Também está prevista a comercialização de uma área verde de 29.410 m² em Porto Seco Pirajá. Além de Stella Maris e Porto Seco Pirajá, existem espaços verdes que podem ser postos à venda em Itapuã, Stiep, Itaigara, Rio Vermelho, Imbuí, Mata Escura, Pirajá, Moradas da Lagoa, Caminho das Árvores e na Barra.

Na região nobre da cidade, na Barra, a administração de Salvador planeja alienar duas parcelas de terra. Uma delas, localizada na Rua José Pancetti, possui uma extensão de 2800 m², enquanto a segunda, situada na Rua Cândido Portinari, abrange 3000 m². Juntas, totalizam 5.800 m².

Em ofício enviado ao prefeito Bruno Reis (União), o deputado federal Bacelar (PV) pediu que a proposta seja reconsiderada, pois, a venda dessas áreas pode “ter impactos significativos na comunidade e no ambiente local”.

“A preservação de áreas verdes é crucial para promover um desenvolvimento sustentável nas áreas urbanas. Esses espaços desempenham um papel fundamental na promoção da biodiversidade, melhoria da qualidade do ar e contribuição para o bem-estar físico e mental da população. A retirada de áreas verdes de desafetação permitiria a manutenção desses benefícios ambientais e promoveria uma abordagem mais equilibrada ao crescimento urbano. Dessa forma, venho respeitosamente solicitar a Vossa Excelência que reconsidere a proposta em questão, promovendo uma análise mais detalhada dos possíveis impactos sociais, ambientais e econômicos envolvidos”, escreveu o parlamentar.

Ao todo, entre áreas verdes e não verdes, a prefeitura planeja colocar à venda 44 terrenos na capital baiana. Conforme indicado na proposta encaminhada pelo Executivo, "o preço mínimo do imóvel público será determinado com base no valor de mercado, estabelecido por meio de avaliação específica, observando as normas aplicáveis da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)".

*Colaboração da repórter Laisa Gama