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Alunos de medicina da Unifacs se queixam de inconsistência nas mensalidades e método de ensino

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Alunos de medicina da Unifacs se queixam de inconsistência nas mensalidades e método de ensino

Problemas com faculdade aumentaram desde que passou a ser administrada pelo grupo Ânima Educação

Alunos de medicina da Unifacs se queixam de inconsistência nas mensalidades e método de ensino

Foto: Reprodução / Site Unifacs

Por: Adele Robichez no dia 05 de abril de 2022 às 18:57

Estudantes do curso de medicina da Unifacs estão se queixando de problemas com a faculdade desde que ela passou a ser administrada pelo grupo Ânima Educação. Segundo uma aluna matriculada neste semestre, as mensalidades chegam com preços diferentes a cada mês e o novo método de ensino adotado pela unidade não está funcionando de forma adequada.

A estudante de 33 anos, que preferiu não ser identificada com medo de represálias, indicou que o preço original da mensalidade do curso era R$ 10.975. A cada cobrança, porém, o valor vem divergente, sem nenhuma explicação. Quando tentam resolver, não conseguem uma resposta da Unifacs, que encaminha os alunos para um atendimento automatizado e, segundo relatos, ineficiente.

Ademais, a caloura reclamou do despreparo dos professores para dar aula conforme o método da nova administração. "Antes, o método era tradicional. Agora, mudou para PBL. Então, entre fevereiro e março - mês do início das aulas -, eles fizeram uma espécie de curso de um mês para dar aula para a gente", explica. "Eles não são ruins, mas estão mal orientados", completa.

A situação, ela diz, tem atrapalhado o aprendizado dos alunos da instituição. "Parece que os professores não dão aula porque não é permitido que eles falem, não podem dar bibliografia. Dizem que é porque quando nos formarmos, teremos que nos informar por conta própria, mas ainda não sabemos lidar com artigos científicos. Se pedir para delimitar o assunto, não fazem. E cada um entende o método de um jeito diferente. Então todo mundo se forma pelo Google", declara.

A aluna também demonstrou insatisfação com a nova forma de avaliar os alunos. Ao invés de notas numéricas, o resultado das provas está sendo definido em três parâmetros: "insatisfatório"; "precisa melhorar"; "satisfatório". "Quando eu precisar do meu score para me formar, como isso vai ser convertido em nota?", questiona. "Não dizem como isso vai acontecer. A gente pergunta e a coordenação, inacessível, não responde", lamenta, em seguida.

Procurada, a Unifacs informou que "tem prestado atendimento aos alunos e acolhido todas as demandas, buscando resolvê-las da melhor forma possível". A instituição reforça, porém, que como a aluna não foi especificada, não há como identificar o caso e, consequentemente, endereçar "uma possível tratativa".

"Por fim, a Universidade reforça que mantém abertos os canais de comunicação com seus estudantes e reafirma seu compromisso com o alunado, sempre primando pela qualidade acadêmica, visando oferecer a melhor formação e atendimento aos estudantes", finaliza a nota.